Luto: Morre Dona Cadu, a mestra ceramista e sambadeira de 104 anos do Recôncavo
Ricardina Pereira da Silva, conhecida como Dona Cadu, falece aos 104 anos, deixando um legado como ceramista e guardiã de tradições afro-indígenas no Recôncavo da Bahia
Foto: Reprodução/Redes Sociais
Nesta terça-feira (21), o Brasil perdeu uma de suas mais preciosas guardiãs da cultura popular: Dona Cadu, aos 104 anos, faleceu em Maragogipe, no Recôncavo da Bahia. Reconhecida internacionalmente como ceramista, Dona Cadu dedicou mais de 90 anos de sua vida ao ofício, produzindo panelas, pratos e utensílios artesanais com barro no distrito de Coqueiros.
Além de sua habilidade como ceramista, Dona Cadu era uma figura emblemática da cultura baiana, sendo uma líder comunitária e uma sambadeira de destaque. Sua trajetória foi marcada por uma dedicação incansável em preservar os saberes ancestrais, sendo reconhecida como um "Tesouro Humano Vivo" pela UNESCO.
A notícia do falecimento de Dona Cadu foi recebida com profundo pesar por toda a comunidade acadêmica e cultural. A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), onde Dona Cadu recebeu o título de Doutora Honoris Causa, decretou luto oficial de três dias em sua homenagem. Sua partida deixa um vazio imenso, mas seu legado de arte, tradição e alegria continuará a inspirar gerações futuras.