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Bahia recebe lote de antídoto usado contra intoxicação por metanol

Bahia recebe lote de antídoto usado contra intoxicação por metanol

Estado foi contemplado com 104 doses de fomepizol, medicamento importado pelo Ministério da Saúde

| Autor: Redação/Varela Net

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

A Bahia recebeu 104 unidades do antídoto fomepizol, medicamento raro utilizado no tratamento de intoxicações por metanol, geralmente associadas ao consumo de bebidas adulteradas. O envio faz parte de uma distribuição nacional feita pelo Ministério da Saúde, que adquiriu 2.500 ampolas para reforçar o estoque estratégico do Sistema Único de Saúde (SUS). Desse total, mil unidades permanecerão armazenadas no centro de distribuição do órgão, enquanto o restante foi encaminhado aos estados em 9 de outubro, conforme critérios populacionais do IBGE.

A importação é inédita no país e foi viabilizada por meio de parceria com uma subsidiária japonesa, após o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, acionar o Fundo Estratégico da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) para acelerar a compra do medicamento. A operação foi concluída em apenas oito dias, um prazo considerado recorde, já que a substância tem produção limitada e custo elevado em todo o mundo.

O fomepizol é considerado altamente eficaz e seguro no tratamento de intoxicações por metanol, pois bloqueia a transformação da substância em ácido fórmico — responsável por causar acidose metabólica e danos graves ao organismo. Até então, o etanol farmacêutico era a principal opção usada em hospitais públicos, mas, com a chegada do novo antídoto, o Brasil passa a dispor de uma alternativa terapêutica adicional.

Segundo a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Mariângela Simão, a meta é garantir que todos os estados tenham acesso tanto ao etanol farmacêutico quanto ao fomepizol, assegurando resposta rápida a emergências toxicológicas. Além disso, o Ministério da Saúde aguarda a doação de 3.800 ampolas de etanol farmacêutico pela empresa brasileira Cristália, que se somarão às 4.300 já distribuídas em hospitais universitários por meio da Ebserh.

Até o dia 13 de outubro, o país registrava 213 notificações de intoxicação por metanol relacionadas ao consumo de bebidas ilícitas ou adulteradas, sendo 32 casos confirmados e 181 ainda em investigação. São Paulo é o único estado que confirmou mortes, totalizando cinco óbitos, enquanto outros nove ainda estão sob análise. A Bahia, por sua vez, não apresentou até o momento nenhum caso suspeito ou confirmado da contaminação.

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