NotíciasSaúdeDiabetes, doenças cardíacas, morte: veja riscos de usar adoçantes artificiais

Diabetes, doenças cardíacas, morte: veja riscos de usar adoçantes artificiais

Em diretriz recente, Organização Mundial da Saúde (OMS) faz alerta sobre utilização do produto de forma prolongada

| Autor: Tâmara Andrade

Foto: Reprodução/Marcos Oliveira/Agência Senado

A Organização Mundial da Saúde (OMS) desaconselha o uso de adoçantes artificiais para perda de peso. A diretriz, publicada no mês passado, em Genebra, afirma que o consumo destes produtos não oferecem benefícios significativos a longo prazo para reduzir gordura corporal em adultos ou crianças. A OMS também alerta que, na verdade, o uso prolongado de adoçantes aumentaria o risco de diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e morte prematura em adultos.

Para o diretor de Nutrição e Segurança Alimentar da OMS, Francesco Branca, substituir açúcares livres por adoçantes sem açúcar não apoia o controle de peso a longo prazo.

É preciso considerar outras maneiras de reduzir a ingestão de açúcares livres, como consumir alimentos com açúcares naturais, como frutas ou bebidas não açucaradas.

A lista divulgada pela OMS inclui alguns adoçantes comumente encontrados no mercado ou adicionados em produtos ultra processados.

São eles:

  •     Acessulfame-K
  •     Aspartame
  •     Advantame
  •     Ciclamato
  •     Neotame
  •     Sacarina
  •     Sucralose
  •     Estévia
  •     Derivados de estévia

Conforme a diretriz da OMS, essas substâncias listadas acima são consideradas “adoçantes não nutritivos sintéticos e naturais ou modificados” e não são classificadas como açúcares encontrados em alimentos e bebidas industrializados ou vendidos separadamente para adição pelos consumidores.

Um estudo publicado na revista Nature em 2014 mostrou que o uso de adoçantes artificiais pode levar à intolerância à glicose, possivelmente devido a alterações na microbiota intestinal.

Em 2010, pesquisadores revisaram a literatura e descobriram que os adoçantes podem afetar o sistema de recompensa do cérebro, aumentando o desejo por açúcar, o que pode levar a um aumento do consumo calórico. Esses resultados foram publicados no Yale Journal of Biology and Medicine.

"Todas essas recomendações geraram uma confusão em torno do assunto, já que por muitos anos acreditávamos que o adoçante poderia ser uma forma saudável de evitar o consumo do açúcar. E por isso trouxemos uma nutricionista especialista em emagrecimento para tentar cessar duvidas a respeito. Segundo Ingrid Bomfim o mais correto é que as pessoas tentem consumir os alimentos com seu sabor original. “Aprender a conhecer de verdade o sabor dos alimentos, com suas características predominantes, por exemplo o limão é azedo, então quem quer tomar limonada busca por algo de sabor azedo, se quer tomar algo adocicado seria melhor um suco de melancia, do que adoçar em excesso um suco de limão pra deixa-lo doce.”

Ingrid Bomfim, especialista em emagrecimento Reprodução/Arquivo Pessoal

Ainda para Ingrid o uso de adoçantes de uma forma isolada em uma alimentação não equilibrada não causa emagrecimento e não baixa os níveis de açúcar no sangue.

A nutricionista ainda deixa dicas de adoçantes naturais como xilitol e eritritol em uma alimentação equilibrada e saudavel. 

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