NotíciasSaúdeCovid: "Na rua é impossível selecionar quem pode ir", diz médico sobre Carnaval

Covid: "Na rua é impossível selecionar quem pode ir", diz médico sobre Carnaval

Com os questionamentos sobre o porque de se liberar público nos estádios e não ter carnaval, infectologista conversou com o Varela Net e explicou as principais razões

| Autor: Marcos Valença

Foto: Arquivo de Pessoal

A liberação do público nos estádios trouxe uma discussão dentro da sociedade. O Carnaval na Bahia deverá acontecer em 2022, mesmo ainda estando em meio à pandemia da Covid-19? Na política, o governador Rui Costa (PT) negou haver qualquer semelhança entre a presença de espectadores nas praças esportivas e a festa popular.

"Estamos avaliando a situação da pandemia no mundo e a situação na Bahia. As pessoas comparam o público nos estádios e o Carnaval, mas são cenários completamente diferentes. Então, não tomarei nenhuma decisão precipitada. A vida das pessoas está em primeiro lugar”, disse o governador.

O Conselho Municipal do Carnaval (Comcar) já realizou uma manifestação na Barra pedindo a realização do festejo em 2022, porém a prefeitura também adota cautela par realização do evento.

"Não dá para relaxar todas as medidas de vez. O calendário do Campeonato Brasileiro está se encerrando agora e depois deixa de ter as aglomerações nos estádios, o que permite que a gente possa flexibilizar os eventos com o momento que a gente está vivendo", disse Bruno Reis (DEM), prefeito de Salvador.

Em conversa com o Varela Net, o médico infectologista Adriano Oliveira explica a diferença entre os dois eventos no quesito público. “Qualquer aglomeração hoje é risco. Teoricamente, as aglomerações maiores estão permitidas, oficialmente pelo governo, porque estamos com a situação epidemiológica cada vez melhor no Brasil, ao contrário do que está acontecendo em várias partes do mundo. Acontece que aglomerações feitas de forma aleatória, sem controle, na rua é impossível selecionar quem pode ir ou não, participar ou não de qualquer evento desse, como o Carnaval”, justificou.

O infectologista ainda trouxe a diferença de uma festa “indoor”.”Dentro de um estádio, uma instituição fechada e centro de convenções, na entrada é possível ver, a depender do critério que se crie, as pessoas vacinadas ou mostrando que não tem o vírus. É possível controlar isso. Festas em locais fechados, indoor, são muito mais fáceis de serem controladas e, provavelmente, com o menor impacto do que uma festa generalizada nas ruas como seria o carnaval”, explicou dr. Adriano Oliveira.

Em 2021 não teremos mais partidas oficiais com presença de público, já que as séries B e A do Campeonato Brasileiro não terão mais partidas na capital baiana. 

Em relação ao Carnaval, o governador Rui Costa (PT) deve realizar uma reunião nesta semana com os prefeitos de todo o estado para discutir os festejos.

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