"Você corrompeu todas as suas ex-esposas", dispara Ciro para Bolsonaro

O ex-governador Ciro Gomes (PDT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) trocaram acusações sobre machismos, em um dos momentos que mais repercutiu no debate presidencial neste domingo (28), realizado pela Band em parceria com outros veículos de comunicação. 

Ciro relembrou quando Bolsonaro definiu a filha mais nova de "fraquejada", ao que o presidente rebateu: "Você falou que a missão mais importante de tua esposa era dormir contigo. Pelo amor de Deus, Ciro. Peço que você peça desculpas também aí".

Momentos antes, o presidente havia atacado a jornalista Vera Magalhães, da TV Cultura, e as presidenciáveis Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil).

O candidato do PDT defendeu-se lembrando que a frase sobre a sua ex-esposa, a atriz Patrícia Pillar, ocorreu há 20 anos: "Já me desculpei por isso um milhão de vezes e isso é de se desculpar a vida inteira. Não é disso que estou falando, Bolsonaro. Estou falando da sua falta de escrúpulo. Você corrompeu todas suas ex-esposas, todas envolvidas em escândalos. Você corrompeu seus filhos", disparou, Ciro.

"Você corrompeu todas as suas ex-esposas", dispara Ciro Gomes para Jair Bolsonaro pic.twitter.com/1s4QoIRFNU

— VarelaNet (@VarelaNet) August 29, 2022

 

Família Bolsonaro

Bolsonaro foi casado com Rogéria Nantes de 1978 a 1997. Em 1997, se uniu a Ana Cristina Valle com quem ficou até 2007, quando se casou com Michelle Bolsonaro, atual primeira-dama.

Rogéria é filiada ao PL, mesmo partido do presidente. Ela é mãe do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), com quem já batalhou por uma vaga na Câmara dos Vereadores do Rio em 2000. Ela perdeu e Jair Bolsonaro chegou a acioná-la na Justiça para evitar que ela usasse seu sobrenome nas urnas. Ela teve uma tesoureira investigada naquelas eleições. Ela tentou uma vaga, novamente, em 2020, mas não se elegeu. Neste ano, filiou-se ao Partido Liberal.

Já os filhos Flávio e Carlos Bolsonaro e Ana Cristina Siqueira Valle, segunda esposa de Bolsonaro, são investigados por suspeita de envolvimento com o repasse ilegal de salários dos funcionários de gabinetes, prática conhecida como "rachadinha". Os assessores, grande parte funcionários fantasmas, sacavam em dinheiro vivo os salários e entregavam a operadores cerca de 90% do total recebido.

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