Após STF formar maioria, Sérgio Cabral ficará em prisão domiciliar
Ex-governador do Rio vai morar num apartamento de 80 metros quadrados, com vista para o mar, num apart hotel entre o Arpoador e Copacabana

Foto: Arquivo/Agência Brasil
Após a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formar maioria, a prisão do ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, foi convertida de preventiva para domiciliar. Ele está há seis anos preso em decorrência da Operação Lava-Jato. A maioria de três votos foi formada nesta sexta-feira com o voto do ministro Gilmar Mendes.
O julgamento estava em curso desde o último dia 7 no plenário virtual do Supremo, sistema pelo qual os ministros depositam seus votos. Cabral é o único condenado da Lava-Jato no Rio que ainda estava na cadeia.
Gilmar argumentou que sua decisão não significa a absolvição do ex-governador, mas apenas que nenhum cidadão pode "pode permanecer indefinidamente" em prisão cautelar. O ministro também disse que "causa perplexidade" que fatos ocorridos em 2008 e 2009 tenham servido de base para a decretação da prisão, em 2016.
Além de Mendes, votaram a favor da prisão domiciliar de Cabral os ministros Ricardo Lewandowski e André Mendonça. Contra a conversão da prisão votaram Edson Fachin e Nunes Marques.
De acordo com o colunista Lauro Jardim, Cabral vai morar num apartamento de 80 metros quadrados, com vista para o mar, num apart hotel entre o Arpoador e Copacabana, na Zona Sul do Rio.