NotíciasPolíticaSecretário da SSP diz que tem "amigos que fumam maconha todos os dias"

Secretário da SSP diz que tem "amigos que fumam maconha todos os dias"

Nas imagens, algumas partes do comentário de Mandarino é editado e os seus trechos colados para induzir as pessoas que ele era a favor da liberação da droga

| Autor: Redação

Foto: Reprodução/

Ricardo Mandarino, secretário de Segurança Pública do Estado da Bahia (SSP-BA), falou durante um evento internacional, sobre um assunto que ainda é tabu no Brasil: a liberação do uso da maconha. A participação dele no congresso aconteceu no dia 28 de março e, desde então, circula nas redes sociais um trecho do discurso do gestor. 

“As pessoas que perdem o controle do uso social e moderado da droga [maconha] são poucas, não é todo mundo que faz isso, a maioria das pessoas que eu conheço, que fuma maconha, são pessoas que trabalham todos os dias [...] Não estou defendendo isso, não, eu nunca fumei, maconha, não gosto de bebida alcoólica e odeio vinho [...] Eu tenho amigos que dizem que fumam cigarro de maconha todos os dias para dar uma relaxada”, completou Mandarino.

Nas imagens, algumas partes do comentário de Mandarino é editado e os seus trechos colados para dar a impressão de que ele diz que as drogas “livram das amarras mentais e torna o homem um emancipado mental''.

Disponível no YouTube o vídeo original mostra o momento em que o secretário ressalta que não estava defendendo a liberação, mas propondo aos demais palestrantes a pensar em uma política pública que ajudasse a acabar com a criminalidade.

“Não estou 'atucanando' a liberação, não é isso, porque nenhum país liberou geral, eles controlam. Estou propondo uma política como se faz com o cigarro [...] O tráfico de drogas movimenta o dobro do que a Bahia arrecada de tributos, o estado é o sexto maior PIB do Brasil. O argumento que se usava sobre a bebida alcoólica é o mesmo que se usa hoje em relação ao uso das drogas, sobretudo o uso da maconha”, disse.

Ainda durante a sua fala, ele trouxe como exemplo o Programa Nacional de Combate ao Fumo (PNCT), instituído no Brasil na década de 80 e citou o raciocínio de um pesquisador que sugeriu que a maconha atiçava a criatividade. Mandarino ressalta que não está concordando com a teoria.
 

 

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