Presidente eleito, Lula é diplomado pelo TSE: "Esse diploma é do povo"
Petista chorou durante o ato e disse que brasileiros reconquistaram direito de viver em democracia no país
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O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) foram diplomados em seus respectivos cargos, em cerimônia na tarde desta segunda-feira no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília. O documento foi entregue pelo presidente da corte, Alexandre de Moraes.
O ato solene é a última etapa de todo o processo eleitoral. O diploma atesta que Lula e Alckmin foram eleitos pelo voto popular e estão aptos a tomar posse no dia 1º de janeiro.
Antes de ler seu discurso oficial, Lula se emocionou ao agradecer ao "povo brasileiro" que tê-lo escolhido para governar o país pela terceira vez. "Esse diploma que eu recebi não é um diploma do Lula presidente. É um diploma de uma parcela significativa do povo, que conquistou o direito de viver em democracia neste país. Vocês ganharam esse diploma", disse Lula.
Em seguida, o líder petista chorou ao afirmar que não tem diploma de formação superior. “Na minha primeira diplomação, em 2002, lembrei da ousadia do povo brasileiro em conceder para alguém tantas vezes questionado por não ter diploma universitário”, disse, com a voz embargada.
“Quero pedir desculpas a vocês pela emoção. Porque quem passou o que eu passei nesses últimos anos, estar aqui agora, e a certeza de que Deus existe e de que o povo brasileiro é maior do que qualquer pessoa. Eu sei o quanto custou ao povo brasileiro essa espera”, acrescentou Lula.
Em sua fala, Alexandre de Moraes afirmou que a diplomação da chapa Lula-Alckmin encerra mais um ciclo democrático de estabilidade desde a promulgação da Constituição Federal, em 1988.
Sem citar nomes, citou "ataques criminosos" proferidos por grupos organizados que, segundo ele, serão devidamente responsabilizados. "A consequência do ódio e da violência é o vazio e a magoa", disse, em alusão ao ativista norte-americano Martin Luther King (1929-1968).
Durante o processo eleitoral, tanto as urnas eletrônicas quanto instituições como o Supremo Tribunal Federal e o próprio TSE foram alvos de reiteradas investidas insufladas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que acabou derrotado nas urnas. "A democracia e a liberdade venceram", disse Moraes.
