NotíciasPolíticaMilitares apresentam projeto com intuito de acabar com gratuidade do SUS

Militares apresentam projeto com intuito de acabar com gratuidade do SUS

O documento prevê que a classe média deve pagar pelo atendimento no SUS

| Autor: Redação

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Os Institutos Villas Bôas, Sagres e Federalista, que são ligados a militares das Forças Armadas, apresentaram durante um evento no dia 19 de maio o ‘Projeto de Nação, O Brasil em 2035’, que tem como objetivo traçar um cenário no qual se projeta o domínio do bolsonarismo no Brasil até 2035.

No lançamento estava presente o vice-presidente Hamilton Mourão. As informações são da coluna de Marcelo Godoy, do jornal Estado de S. Paulo.

O projeto tem a coordenação do general Luiz Eduardo Rocha Paiva, ex-presidente do grupo Terrorismo Nunca Mais (Ternuma), a ONG do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra. Rocha Paiva disse que o estudo é “apartidário, aberto e flexível”.

O documento de 93 páginas, aborda 37 temas estratégicos, entre eles: geopolítica, governança nacional, desenvolvimento, ciência, tecnologia, educação, defesa nacional, segurança e saúde. Neste último item está um dos pontos mais polêmicos da proposta.

O documento prevê que a classe média deve pagar pelo atendimento no SUS. A cobrança deve começar em 2025. “Além disso, a partir de 2025, o Poder Público passa a cobrar indenizações pelos serviços prestados, exclusivamente das pessoas cuja renda familiar fosse maior do que três salários mínimos”, diz um trecho do documento.

Na educação, o texto destaca a influência de professores sobre alunos como algo negativo.

“Em sala de aula, pouco era feito no sentido de transmitir os conteúdos, ensinar o aluno a pensar, orientar as pesquisas sobre as diversas correntes de pensamento e elucidar sobre como realizar as melhores análises, buscando as opções de vida mais favoráveis, segundo as crenças e convicções de cada aluno. Tudo era feito para que o aluno fosse obrigado a pensar exatamente como pensava o professor, caso contrário não conseguiria se formar e tampouco seria aceito pelo grupo”, afirma.

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