NotíciasPolíticaMembros da CPI da Covid reagem após PF dizer que Bolsonaro não prevaricou

Membros da CPI da Covid reagem após PF dizer que Bolsonaro não prevaricou

Senadores Randolfe Rodrigues e Renan Calheiros criticaram conclusão do caso Covaxin

| Autor: Redação
Membros da CPI da Covid reagem após PF dizer que Bolsonaro não prevaricou

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A conclusão da investigação da Polícia Federal (PF) de que o presidente Jair Bolsonaro (PL) não prevaricou - deixou de agir - ao não relatar as suspeitas de irregularidades na compra da vacina Covaxin no início do ano passado causou reações entre membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19. 

A suposta omissão do chefe do Executivo foi uma das principais linhas de investigação da comissão. 

Renan Calheiros (MDB-AL), que foi o relator da comissão no Senado, chamou o documento de “esdrúxulo”. "Um delegado da PF subverteu a Lei ao afirmar que não é dever funcional do Presidente comunicar crimes. Os irmãos Miranda mostraram provas contra Bolsonaro por prevaricação na vacina da Covaxin. Esdrúxulo: o delegado confirma o crime, mas isenta a obrigação de agir de Bolsonaro", postou. 

Já Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que foi vice-presidente da CPI, anunciou que irá pedir convocação do ministro da Justiça, Anderson Torres, e do diretor-geral da PF, Paulo Maiurino, ao Senado. 

"Não bastasse desmoralizar as instituições, agora Bolsonaro esculhamba a Polícia Federal. Precisamos tirar esse MALOQUEIRO da Presidência esse ano!", escreveu Randolfe. 

Caso Covaxin
O crime de prevaricação foi denunciado em depoimento na CPI da Covid pelo deputado Luis Miranda (DEM-DF) e seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde (MS), Luis Ricardo Miranda. Os irmãos relataram que o presidente foi avisado por eles, em uma reunião em março do ano passado, sobre suspeitas de irregularidades na compra da vacina.

O servidor disse, por exemplo, que houve pressão dentro da pasta pela liberação da vacina, a mais cara a ter negócio fechado. Após as investigações da CPI, o contrato acabou sendo suspenso pelo governo. O caso levou à instauração de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF)

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