Marcos do Val declara cidadania americana após deixar o Brasil e critica Alexandre de Moraes
Senador afirma ser perseguido politicamente e diz que seguirá "missão com dignidade" nos EUA

Foto: Reprodução / Redes Sociais
O senador Marcos do Val (Podemos-ES) afirmou nesta sexta-feira (25) que foi oficialmente acolhido como cidadão americano. A declaração foi feita em uma publicação com foto de seu passaporte diplomático, divulgada fora do Brasil, após sua saída do país em meio a investigações no Supremo Tribunal Federal (STF).
“Reconheceram, reafirmaram e ampliaram minha função diplomática. E mais: me acolheram oficialmente como cidadão americano”, escreveu o parlamentar.
Segundo o senador, sua saída do Brasil ocorre após "dois anos e meio de perseguição", que ele atribui ao ministro do STF Alexandre de Moraes. Do Val disse ainda que continuará atuando com “dignidade, honra e a verdade como aliadas”.
O parlamentar é alvo de inquérito no Supremo por obstrução de justiça, após divulgar imagens sigilosas de um investigador da Polícia Federal. Apesar disso, afirmou que seus documentos diplomáticos permanecem válidos.
“Meu passaporte diplomático, emitido pelo Ministério das Relações Exteriores, está válido até julho de 2027 e sem restrição. Além disso, meu visto oficial de entrada nos Estados Unidos foi recentemente renovado, com validade até 2035”, declarou.
Do Val criticou duramente o STF e o Senado, alegando estar sendo alvo de censura e perseguição institucional.
“A maior perseguição política da história partindo de um único ministro. Infelizmente com a conivência da Mesa do Senado, sou o único senador da história do Brasil que enquanto exerce seu mandato está censurado com redes sociais bloqueadas, salários bloqueados [...] Tive meu passaporte civil e diplomático suspenso”, escreveu.
A declaração de cidadania americana e o tom da denúncia reacendem o embate entre setores do Congresso e o Supremo, em um momento já marcado por tensões institucionais e disputas sobre os limites da atuação judicial. Até o momento, o STF não comentou publicamente as afirmações do senador.