Jerônimo condena tarifa de Trump: “O Brasil não é quintal de ninguém”
Governador da Bahia repudia decisão do presidente dos EUA e reforça apoio a Lula

Foto: Reprodução / Flickr Jerônimo Rodrigues
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), criticou duramente a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros exportados ao território americano. A declaração foi feita nesta quarta-feira (09), em publicação na rede social X (antigo Twitter).
“O Brasil não é quintal de ninguém. O presidente dos EUA, com essa decisão, taxa e castiga o setor produtivo brasileiro, que gera empregos e já tinha contratos fechados. Enquanto Lula trabalha para taxar as grandes fortunas, há quem jogue contra e prefira taxar o Brasil”, escreveu Jerônimo.
A medida de Trump, que tem sido interpretada como uma retaliação política com respaldo de setores alinhados ao bolsonarismo, provocou reações imediatas entre lideranças do governo federal e de estados governados por aliados de Lula. No caso da Bahia, Jerônimo reforçou a defesa da soberania nacional e o compromisso com os valores democráticos.
“Somos um país soberano, guiado pelo respeito e pela dignidade. Não aceitaremos chantagem nem tutela de lugar nenhum. A Bahia está de mãos dadas com o Brasil e com o presidente Lula”, disse o governador baiano.
Em tom firme, Jerônimo também evocou o simbolismo histórico da Bahia na luta pela independência do Brasil:
“A terra do 2 de Julho não abre mão do respeito ao nosso povo, da nossa independência e da nossa soberania. A gente tem lado: o lado do povo brasileiro e da democracia. RESPEITE O BRASIL!”
A tarifa imposta por Trump foi anunciada após uma carta enviada por ele ao governo brasileiro, na qual critica o Supremo Tribunal Federal (STF) e o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. A gestão Lula classifica a medida como injustificada economicamente e parte de uma articulação política internacional para deslegitimar instituições brasileiras.
No Palácio do Planalto, a avaliação é de que a atuação de aliados bolsonaristas, como o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), tem influenciado diretamente a postura do governo norte-americano. Já parlamentares governistas têm reforçado a narrativa de que, enquanto Lula busca justiça tributária com a taxação dos super-ricos, a oposição estimula punições econômicas ao país.