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Eleições: PT mira evangélicos e anuncia criação de comitês estaduais

Nas últimas eleições, o presidente Jair Bolsonaro acabou recebendo forte apoio de parte do setor. Intenção do PT é criar comitês evangélicos em todos os estados

| Autor: Redação
Eleições: PT mira evangélicos e anuncia criação de comitês estaduais

Foto: Ricardo Stuckert

Mirando a parcela neopetencostal do eleitorado, o PT vai criar comitês evangélicos estaduais para intensificar o diálogo e aproximar o ex-presidente Lula do grupo, que em 2018, votou em peso no presidente Jair Bolsonaro (PL), que chegou a indicar André Mendonça para o Supremo Tribunal Federal (STF), tendo ele como um nome 'terrivelmente evangélico'. 

Atualmente, o partido tem representantes para a criação e coordenação de núcleos em 21 estados. Entretanto, segundo o diretor da Escola Nacional de Formação do PT (ENFPT), Gilberto Carvalho o objetivo é ampliar o comitê para todos os estados. Quem participa do processo de organização dos comitês é a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ), coordenadora do Núcleo de Evangélicos do PT (NEPT).

“A pretensão é criar comitês em todos os estados. Entendemos que essa campanha vai ser dura nas ruas, dura no meio do povo, porque o bolsonarismo é um fenômeno não só político, mas cultural”, explicou Gilberto, em entrevista ao portal Metrópoles. 

Gilberto Carvalho também espera que até 5 mil pessoas se inscrevam no programa até o final de março. A expectativa é que o comitê consiga manter o diálogo com aqueles que vivem nas periferias e com os que praticam ações sociais com as pessoas em condições de vulnerabilidade. 

“Teremos um processo de formação de lideranças. Foram abertas inscrições para quem quiser participar. A ideia é que os comitês dialoguem especialmente com pessoas nas periferias e trabalhem com ações de solidariedade para os mais pobres”, pontuou. 

Já Benedita prega o direito do evangélico se posicionar como melhor entender, mesmo com uma parte das lideranças tendo uma aproximação com o presidente Jair Bolsonaro. 

“Eles (Malafaia e outros bolsonaristas) escolheram um lado. Possuem compromissos políticos com o governo Bolsonaro. Mas todo evangélico tem o direito de também escolher seu lado, não só as lideranças”, afirmou a deputada federal. 

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