NotíciasPolíticaCondenado na Lava Jato, Luiz Argolo tenta voltar à cena como deputado estadual

Condenado na Lava Jato, Luiz Argolo tenta voltar à cena como deputado estadual

Ex-parlamentar negocia troca do Solidariedade pelo MDB e é um dos nomes fortes na cidade de Alagoinhas

| Autor: Redação

Foto: Divulgação

O ex-deputado federal baiano, Luiz Argolo, de 41 anos, filiado ao Solidariedade, estaria disposto a mudar de partido, no caso para o MDB, com o intuito de disputar as eleições deste ano para o cargo de deputado estadual. 

Natural de Entre Rios, cidade localizada a 128 quilômetros de Salvador, o ex-parlamentar foi um dos primeiros políticos presos em decorrência das investigações da Operação Lava-Jato, em 2015.

Em liberdade desde 2019 e com a família bastante influente na região da sua cidade natal, Luiz Argolo aparece como um dos favoritos dentro do partido, que na Bahia é liderado por Lúcio Vieira Lima.

“Eu me coloco à disposição, mas a intenção não depende de mim, depende da base, da região. Sempre fui muito abraço na região [Alagoinhas]. Estou ouvindo”, disse durante a entrega de ambulâncias e equipamentos feita pelo governador Rui Costa (PT), na manhã da última segunda-feira (7), em Salvador.

Argolo disse ainda que nunca esteve totalmente fora do mundo político: “Eu nunca saí da política. Disputar um mandato requer alguns requisitos. Primeiro, você conversa com a base. Acho que é um momento de mudança, ainda não se decidiu o candidato a governador, acho que é melhor aguardar. Mas as conversas continuam”, comentou.

Lava Jato
Luiz Argolo foi condenado na Operação Lava Jato pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, foi solto em abril de 2019, após a Justiça conceder liberdade condicional. Argôlo cumpria pena no Centro de Observação Penal (COP) do Complexo Penitenciário Lemos Brito, em Salvador, desde 2018.

O baiano foi preso em abril de 2015 durante a 11ª etapa da Lava Jato. Três anos depois, foi transferido para a capital baiana. Ao todo, o ex-deputado cumpriu quatro anos da pena de 12 anos e 8 meses de prisão em regime fechado.

A defesa dele tentava a autorização da liberdade condicional mediante parcelamento da multa que estava estipulada na pena. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) decidiu, em dezembro de 2018, que ele poderia parcelar o pagamento de R$ 2 milhões.

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