Bolsonaro reduz tributo de grandes empresas e tira R$ 58 bilhões do governo Lula
Decisão deixou integrantes do novo governo insatisfeitos
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) assinou um decreto em seu penúltimo dia de mandato para cortar tributos pagos por grandes empresas. A medida terá um impacto de R$ 5,8 bilhões no primeiro ano de mandato do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O documento foi assinado pelo vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos), já que o atual presidente optou por deixar o país nesta sexta-feira (30).
De acordo com a Folha de São Paulo, integrantes da equipe do futuro governo ficaram insatisfeitos com a decisão, pois eles já haviam solicitados que Bolsonaro se abstivesse de decisões que afetassem os cofres públicos a partir de 2023.
Ainda que Lula revogue o decreto, a nova administração do país sofrerá algum tipo de impacto, já que um aumento nas alíquotas de Pis e Confins só causa efeito 90 dias após a publicação do ato.
Fernando Haddad (PT), futuro Ministro da Fazenda, tem sido pressionado para apresentar melhora nas contas do país já no próximo ano, depois do aumento de despesas autorizados pelo Congresso Nacional estimar mais de R$ 200 bilhões de prejuízos.
A equipe já prevê o impacto no orçamento em 2023, no entanto, a reversão de desonerações é uma das opções para amenizar o déficit já no primeiro ano de mandato. Haddad e seus companheiros já pensam em medidas para reduzir os impactos dos decretos feitos pelo atual presidente em seus últimos dias no cargo.
Com o decreto assinado pelo governo Bolsonaro, a alíquota fica reduzida 2,33%, a partir deste domingo (1)
