Após instabilidade, Câmara tenta retomar Projeto Antifacção
Parecer de Guilherme Derrite (PP) desagradou diversos parlamentares da esquerda e da direita

Foto: Câmara dos Deputados
Após momentos de instabilidade nas sessões, a Câmara dos Deputados tentará votar na terça-feira (18) a proposta que cria o Marco Legal ao Combate ao Crime Organizado.
Apresentado ao Planalto como "PL Antifacção", o projeto está no centro de uma grande disputa política entre a oposição e o governo. As últimas semanas foram marcadas por bastante divergências em torno do texto, que travaram a análise.
O PT é contra o atual parecer do relator da proposta, deputado Guilherme Derrite (PP-SP), e por conta disso quer retirar o parlamentar da posição. O PL quer incorporar outros pontos ao texto e defende a votação em dezembro. Já o PSD, por sua vez, sugere deixar a análise somente para a semana que vem.
O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), tem se envolvido pessoalmente para adiantar a discussão e retirar os impasses que não deixam a conversa acontecer, articulando também na articulação para destravar a proposta. Para os aliados, ele propôs o início da análise nesta terça-feira (18).
Ao lado do relator, Motta tem discutido pontos do projeto e feito declarações públicas indicando quais devem ser os rumos do parecer de Derrite. O texto, no entanto, ainda não é consenso dentro da Câmara.
Com as eleições se aproximando, tanto a esquerda quanto a direita, governo e oposição, querem utilizar a melhora na segurança pública para maximizar seus ganhos eleitorais - devido ao tema se tornar mais relevante nas pesquisas de intenções de voto.
Logo, os debates levaram Derrite a apresentar, até mesmo, quatro versões do projeto. A mais recente foi protocolada na última quarta (12), data em que Motta projetava originalmente a votação do texto.
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