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Polícia Civil debocha após prender MC Poze: ‘Rodou!’

Publicação utilizou o termo "rodou" gíria policial e alusão ao nome artístico do cantor

| Autor: Redação - Varela Net
Polícia Civil debocha após prender MC Poze: ‘Rodou!’

Foto: Reprodução/ Polícia Civil - RJ

A Polícia Civil do Rio de Janeiro, por meio da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), efetuou a prisão do cantor de funk MC Poze. O artista é acusado de fazer apologia ao crime e manter vínculos com integrantes do Comando Vermelho (CV), uma das principais facções criminosas do estado.

A prisão ocorreu na residência do cantor, localizada em um condomínio de alto padrão no bairro Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio. MC Poze foi detido dentro de sua mansão, onde vive com a família, e conduzido algemado até a Cidade da Polícia, na zona norte da capital, para prestar depoimento.

A forma como a prisão foi conduzida gerou reações nas redes sociais, com críticas ao que muitos internautas classificaram como excesso por parte dos agentes. O artista chegou imobilizado ao local, e as imagens da abordagem provocaram debates online.

Apesar da controvérsia, a Polícia Civil divulgou em seu perfil oficial no Instagram um vídeo comemorando a operação. Com tom irônico, a publicação utilizou o termo "rodou" gíria policial e alusão ao nome artístico do cantor para anunciar a prisão. O conteúdo traz imagens de MC Poze participando de bailes funks ao lado de traficantes armados, enquanto a narração classifica sua atuação como parte da chamada "narcocultura".

“Hoje o cantor não vai subir no palco, foi para trás das grades. Mas a nossa luta continua. Para acabar com essa narcocultura, combater o crime organizado e promover a cultura do bem”, afirma o vídeo.

"Qual é o limite da liberdade de expressão? E se eu disser que pode custar uma vida, a sua vida? Um cantor famoso, que posa nas redes sociais com celebridades, faz um show um pouco diferente daqueles que você conhece. Um show com letras que enaltecem uma facção criminosa, que tem na plateia criminosos com armas pesadas e divertindo. O nome disso é Narcocultura. Eles querem atrair gente para os shows, para promover o estilo de vida dos bandidos, para normalizar o consumo de drogas, o domínio de territórios e o uso ilegal de armas. Esses shows movimentam dinheiro e que vão diretamente para os bolsos dos traficantes. Esse dinheiro financia crimes, poucos, guerras, mortes. Hoje o cantor não vai subir no palco, foi para trás das grais. Mas a nossa luta continua. Para acabar com essa macrocultura, combater o crime organizado e promover a cultura do bem".

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