Líderes de facções de Eunápolis são presos durante operação em Minas Gerais
Ação integrada entre MPBA, forças de segurança da Bahia e de Minas resulta em prisões e apreensões
Políciais durante a operação |Foto: Divulgação MPBA
Uma grande operação foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (17) na região de Contagem, em Minas Gerais, e resultou na prisão de dois líderes do Primeiro Comando de Eunápolis, facção criminosa com atuação interestadual e vínculo com o Comando Vermelho. Também foram presos em flagrante a esposa de um dos traficantes e um comparsa.
Batizada de "Operação Conexão", a ofensiva mobilizou cerca de 50 agentes de uma força-tarefa coordenada pelo Ministério Público da Bahia (MPBA), por meio do Gaeco Sul, com apoio da Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP/BA), Polícia Federal (PF), Polícia Militar da Bahia (PMBA), Polícia Civil da Bahia (PCBA) e Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG).
Foram cumpridos mandados de prisão temporária contra C.M.C.A. e C.L.B.R., apontados como chefes da organização. Eles são suspeitos de ordenar ataques contra agentes públicos, coordenar homicídios e comandar o tráfico de drogas no extremo sul da Bahia. Um deles é acusado de envolvimento direto na logística da distribuição de entorpecentes e o outro de atuar como líder operacional da facção nos bairros Gusmão e Centro, em Eunápolis. Este último é investigado por participação em um homicídio qualificado ocorrido em 2019, no qual uma criança foi morta como vítima colateral.
Durante a abordagem, os agentes apreenderam duas submetralhadoras. Nas residências, foram encontrados celulares, dispositivos eletrônicos, armas e mais de 100 munições. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos de forma simultânea.
As investigações começaram após uma operação realizada em 30 de maio de 2025, em Eunápolis, quando foram apreendidos mais de 1 kg de maconha, meio quilo de haxixe, balanças de precisão, além de máquinas de cartão, cadernos de anotações e rádios comunicadores.
A operação envolveu ainda a Polícia Rodoviária Federal (PRF-MG), a Força-Tarefa da PF em Porto Seguro, a 23ª Coorpin/PCBA, o CPR-Extremo Sul/PMBA, o DINT da PMMG e o 2º Batalhão de Policiamento Especializado.
Os presos permanecem à disposição da Justiça. As autoridades não descartam novas fases da operação, que reforça o compromisso com o combate às facções criminosas que ameaçam agentes do Estado e a população civil.
