Binho Galinha manteve controle de esquema criminoso usando ‘laranjas’, diz investigação
Parlamentar segue investigado apesar de medidas cautelares; operação “Estado Anômico” mira esquema criminoso e empresas de fachada

Foto: Divulgação
O deputado estadual Kléber Cristian Escolano de Almeida, conhecido como Binho Galinha (PRD), voltou a ser alvo de investigação por envolvimento em crimes como lavagem de dinheiro, agiotagem, receptação qualificada, comércio ilegal de armas e associação para o tráfico, além de ligações com o jogo do bicho.
Mesmo sendo investigado nas operações El Patrón e Fallen, que apuram uma extensa rede criminosa envolvendo o parlamentar, Binho Galinha continuou atuando como liderança do grupo, segundo a força-tarefa.
Nesta quarta-feira (1º), ele foi novamente alvo, desta vez da operação “Estado Anômico”, um mandado de prisão contra o deputado foi expedido, mas ele ainda não foi capturado. A operação envolve membros do Ministério Público da Bahia, por meio do Gaeco, Polícia Federal, Receita Federal e a Secretaria de Segurança Pública (SSP), com participação da Força Correcional Integrada (Force) e da Corregedoria da Polícia Militar.
Além de Binho Galinha, outras nove pessoas são alvos. Entre elas, quatro policiais militares, sua esposa Mayana Cerqueira da Silva e seu filho João Guilherme Cerqueira da Silva Escolano, que já haviam sido presos em 2023 e liberados em abril de 2024. A Justiça determinou o bloqueio de até R$ 9 milhões em bens dos investigados e a suspensão das atividades de uma empresa usada para lavagem de dinheiro.
Segundo a força-tarefa, o deputado continuava a comandar o grupo mesmo sob medidas cautelares, utilizando empresas de fachada e laranjas para movimentar recursos ilícitos.