NotíciasMundoSobe para 279 o número de mortos em queda de avião da Air India; acidente é o pior desde 2014

Sobe para 279 o número de mortos em queda de avião da Air India; acidente é o pior desde 2014

Boeing 787 caiu segundos após decolar em Ahmedabad e atingiu área residencial

| Autor: Redação Varela Net
Boeing 787

Boeing 787 |Foto: DIBYANGSHU SARKAR / AFP

O número de mortos no trágico acidente com um Boeing 787-8 Dreamliner da Air India subiu para 279 neste sábado (14), segundo novo balanço oficial divulgado pelas autoridades indianas. O desastre aéreo, ocorrido na última quinta-feira (12), na cidade de Ahmedabad, já é considerado o mais letal no mundo desde 2014.

A aeronave operava o voo AI-171 com destino ao aeroporto de Gatwick, em Londres, e caiu menos de um minuto após a decolagem, às 13h39 no horário local (5h09 em Brasília), segundo informações da aviação civil indiana. O avião transportava 230 passageiros — entre eles 169 indianos, 53 britânicos, sete portugueses e um canadense — além de 12 tripulantes.

Entre as vítimas fatais, 38 estavam em solo, atingidas quando o avião colidiu contra um bairro residencial próximo ao aeroporto e explodiu.

Uma imagem registrada por agências internacionais mostra os destroços do avião espalhados por um local de demolição. Parte da fuselagem vermelha e branca está visível entre os escombros de um edifício completamente destruído. Um trabalhador com capacete azul aparece sobre os destroços, enquanto máquinas levantam partes do edifício danificado.

Apesar da tragédia, um sobrevivente foi resgatado. Vishwash Kumar Ramesh, cidadão britânico de origem indiana, de 40 anos, estava na parte dianteira do avião e relatou sua experiência à imprensa local. “Eu ainda não consigo acreditar que saí vivo de lá”, afirmou à televisão indiana.

A queda da aeronave provocou cenas de pânico no bairro residencial atingido. “Uma rajada de vento e fumaça varreu a sala onde estávamos comendo. Não conseguíamos ver nem quem estava sentado ao nosso lado, então saímos correndo de lá”, contou o médico Mohit Chavda à agência AFP. Ele morava em um conjunto habitacional voltado a profissionais de saúde, que foi diretamente atingido pelo impacto.

As investigações sobre as causas do acidente já foram iniciadas. A aviação civil indiana confirmou que o pedido de socorro foi emitido praticamente no momento da decolagem. Especialistas trabalham com hipóteses que envolvem falha técnica ou interferência externa.

Esse é o maior desastre aéreo global desde 2014, ano em que o voo MH17 da Malaysia Airlines foi abatido sobre a Ucrânia, matando 298 pessoas.

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