Novo Papa já sofreu acusação de ‘acobertar’ casos de abuso sexual

O cardeal norte-americano Robert Francis Prevost, de 69 anos, foi eleito nesta quinta-feira (8) como o novo papa da Igreja Católica, adotando o nome de Leão XIV. A escolha marca a ascensão do primeiro pontífice dos Estados Unidos, ocorre após uma série de polêmicas envolvendo supostas acusações de que ele teria acobertado casos de abuso sexual na Diocese de Chiclayo, no Peru, durante sua gestão como bispo.

Três mulheres alegam que Prevost foi omisso ao lidar com denúncias contra dois padres acusados de abusos cometidos quando elas eram crianças. As acusações foram formalizadas em 2022 e encaminhadas ao Vaticano, resultando no afastamento preventivo de um dos religiosos. A Diocese de Chiclayo nega qualquer acobertamento, afirmando que o então bispo seguiu os protocolos da Igreja. No entanto, as vítimas contestam a condução do caso, alegando que a investigação foi incompleta e que houve pressão para silenciar as denúncias.

Apesar da polêmica, Leão XIV é reconhecido por sua trajetória missionária no Peru e por sua proximidade com o legado reformista do Papa Francisco. Em seu primeiro discurso na sacada da Basílica de São Pedro, ele pediu uma Igreja unida e reforçou a mensagem de amor e esperança. No entanto, as acusações podem representar um desafio para seu pontificado, especialmente em um momento em que a Igreja enfrenta pressões por maior transparência em casos de abuso e outras polêmicas.