Influenciadora turca morre com 22 kg após pressão estética; família e entidades protestam
Nihal Candan, de 30 anos, morreu vítima de anorexia; caso reacende debate sobre padrões de beleza

influenciadora digital turca Nihal Candan |Foto: Reprodução / Redes Sociais
No último sábado (21), a influenciadora digital turca Nihal Candan, de 30 anos, faleceu após passar um mês internada em um hospital na Turquia. Conhecida por sua participação no reality show "Bu Tarz Benim", ela morreu pesando apenas 22 quilos.
De acordo com a equipe médica que acompanhava seu tratamento, Nihal sofreu uma parada cardíaca e, mesmo com as tentativas de reanimação, não resistiu.
Em entrevista ao jornal The Mirror, a irmã da influenciadora, Bahal Candan, desabafou sobre o sofrimento enfrentado pela jovem. "Espero que vocês possam sentir remorso por caluniar uma jovem dessa forma e arruinar a vida dela", afirmou Bahal.
A morte de Nihal trouxe à tona um intenso debate sobre os impactos da pressão estética e os riscos associados a transtornos alimentares como a anorexia nervosa.
A Federação das Associações de Mulheres da Turquia se manifestou publicamente, chamando atenção para os padrões irreais de beleza impostos às mulheres. Em nota, a entidade destacou:
"A morte de Nihal Candan devido à anorexia nervosa revela mais uma vez que as pressões e imposições que não apenas um indivíduo, mas também a sociedade impõe ao corpo da mulher, podem atingir dimensões fatais", afirmaram.
O comunicado também criticou a forma como a mídia e programas de televisão reforçam estereótipos de beleza, criando um ambiente de cobrança constante.
"As normas estéticas, a fantasia do corpo perfeito constantemente reproduzida pela mídia e o sentimento de ‘ter que ser bonita’, os programas de TV e as competições não apenas mercantilizam as mulheres, mas também as levam ao ponto de correr riscos de vida. Essa questão é, na verdade, um reflexo do problema da desigualdade. Devemos discutir e falar muito sobre isso", declarou a federação.
A tragédia reacende discussões sobre saúde mental, pressão social e a necessidade de ampliar o debate sobre os perigos dos padrões estéticos impostos, especialmente nas redes sociais e na indústria do entretenimento.