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Mudanças Climáticas: calor extremo preocupa; saiba como se prevenir

Europa enfrenta temperaturas recordes em 2025, e especialistas alertam para riscos à saúde e ao meio ambiente

| Autor: Bruno Oliveira
Mudanças Climáticas: calor extremo preocupa; saiba como se prevenir

Foto: Divulgação PixarBay

Nos últimos anos, com a intensificação da crise climática, países europeus enfrentam um verão cada vez mais severo. Em 2025, a situação se agravou: termômetros ultrapassaram os 45?°C em regiões como Espanha, Itália e Grécia, levando autoridades locais a emitirem alertas máximos de saúde para a população.

Mas o que está por trás dessa onda de calor tão intensa?
Especialistas apontam que as altas temperaturas registradas na Europa estão diretamente ligadas ao agravamento das mudanças climáticas. O principal fator é o aumento da emissão de gases de efeito estufa, resultado da queima de combustíveis fósseis, do desmatamento e da agricultura intensiva. Além disso, fenômenos atmosféricos como as chamadas “cúpulas de calor” intensificam e prolongam esses eventos extremos, que se tornam cada vez mais frequentes no continente.

Impactos severos na saúde
O calor extremo é hoje a principal causa de mortes relacionadas ao clima. Na Europa, cerca de 95% das fatalidades atribuídas a eventos climáticos extremos desde 1980 estão associadas a ondas de calor. Em 2023, mais de 47 mil pessoas morreram em decorrência do calor, e projeções apontam que esse número pode ultrapassar 120 mil óbitos anuais até 2050, caso medidas eficazes não sejam tomadas.

Entre os grupos mais vulneráveis estão pessoas idosas, com doenças crônicas, gestantes, trabalhadores ao ar livre e populações marginalizadas. Além dos riscos de desidratação, exaustão térmica e insolação, também há aumento nos casos de AVC, doenças respiratórias, transtornos mentais e agravamento de condições pré-existentes.

Natureza em alerta
Do ponto de vista ambiental, o calor extremo acelera secas e aumenta significativamente o risco de incêndios florestais, como já foi registrado em anos anteriores, com milhares de quilômetros de vegetação destruídos e prejuízos bilionários.

Esse cenário também favorece a ocorrência de eventos híbridos: o calor provoca evaporação excessiva, que pode ser seguida por chuvas torrenciais, gerando enchentes e inundações em áreas vulneráveis.

Além disso, os ecossistemas sofrem com a perda de biodiversidade, a migração de espécies, o avanço de espécies invasoras, a acidificação dos oceanos, a degradação dos solos e rios e a ameaça às atividades agrícolas, pesqueiras e florestais — especialmente no sul da Europa.

O que pode ser feito?
Para reduzir os impactos da crise climática e das ondas de calor, especialistas recomendam medidas individuais e coletivas. Entre as ações possíveis estão:

  • Reduzir o consumo de carne e de produtos de origem animal;
  • Optar por transportes sustentáveis;
  • Economizar energia em casa;
  • Reutilizar produtos e consumir de forma mais consciente.

Durante períodos de calor intenso, é fundamental manter os ambientes frescos e ventilados, evitar exposição ao sol nos horários mais quentes do dia, usar roupas leves, beber bastante água e procurar sombra sempre que possível.

Também cabe às cidades repensarem sua estrutura urbana. Investir em áreas verdes, infraestruturas sustentáveis e soluções para combater as ilhas de calor urbanas é essencial para garantir qualidade de vida em um mundo cada vez mais aquecido.

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