Sem se firmar no Bahia, Chavez vira única opção para lateral-esquerda
Jogador não terá concorrentes do setor no jogo contra o Palmeiras, na quarta-feira (21)

Foto: Felipe Oliveira/ECB
Jhoanner Chavez deve retornar ao time titular do Bahia na partida contra o Palmeiras, nesta quarta-feira (21). Contratação mais cara da história do clube, ele será a unica opção disponível para a lateral-esquerda.
Ryan e Matheus Bahia chegaram a atuar em alguns compromissos entre a Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro, mas o jovem de 21 anos está suspenso, enquanto Matheus está lesionado.
No treino deste domingo (18), Chavez participou dos trabalhos em tempo integral após se recuperar de uma lesão no tornozelo. Contusão esta que o tirou dos últimos três jogos do time.
Apesar das boas expectativas, o lateral ainda não se firmou como titular absoluto do Tricolor. Apesar da lesão, ele chegou a ficar no banco também em algumas oportunidades.
No total, ele disputou 24 partidas até então na temporada, sendo 14 como titular. Ele marcou um gol e deu uma assistência, mas ainda não participou de nenhum tento no Brasileirão.
Adaptação
Sem convencer o torcedor do Bahia com seu desempenho, o equatoriano passou a ser extremamente questionado e virou alvo de críticas duras na Arena Fonte Nova. Em alguns jogos, chegou a ser vaiado após falhas defensivas.
O lateral tem sofrido com a adaptação ao Brasil e chegou a ser defendido pelo técnico Renato Paiva. Em entrevista ao Globoesporte BA, ele falou sobre as dificuldades enfrentadas pelo atleta em sua primeira experiência atuando fora do seu país de origem.
"Estamos recuperando jogadores. Às vezes, pode ser mais demorada ou rápida, mas precisamos que eles se entreguem mais. O Chávez é a mesma coisa, ele é um bebê. Nunca saiu do Equador, a não ser para jogar pelo Independiente del Valle. Tinha o contexto extraordinário de uma equipe feita, que jogava de olhos fechados e de atletas que ajudavam os mais novos. A equipe lá acolhe jogadores jovens com muita frequência. Ele estava na sua zona de conforto, em uma equipe muito bem formada. O sistema que eu alterei no Independiente, do 4-3-3, para o esquema de três zagueiros, que ainda hoje jogo assim, mudei também as funções do Chávez para fazer esse corredor, exercendo a função de ala", iniciou Paiva.
"Chávez mudou de vida completamente. Veio para uma realidade diferente. Estava no clube que não tem uma torcida de peso, e quando a torcida decide vaiar e insultar esses jogadores durante o jogo, eu não posso aceitar isso. Temos que olhar para cada caso. Essa ideia de tratar jogadores da mesma forma é um engano. Eu não trato eles de forma igual. São pessoas diferentes. Eles têm todos o mesmo objetivo, que é o nosso: entregar bons resultados. O que é que o jogador ganha com as críticas? Nada. O que a torcida ganha? Um jogador a menos em campo. A partir do momento em que a torcida se torna hostil para um jogador da sua equipe, pode ter um jogador a menos em campo, já alguns jogadores não têm tanta experiência assim no futebol. Por isso, a torcida acaba fazendo com que o Bahia jogue com um a menos em campo. Por isso minha insistência: se quiser vaiar e insultar, façam isso para mim. Durante o jogo, apoiem e façam festa. A nossa torcida é uma das maiores do Brasil nesse aspecto. Quando acabar o intervalo ou o jogo, reclamem e criticam, mas não durante o jogo", completou.
Com Chavez, o Tricolor recebe o Palmeiras na quarta-feira (21), às 21h30, na Arena Fonte Nova. A partida será válida pela 11ª rodada do Brasileirão Série A.