NotíciasEsporteRetrospectiva do Bahia em 2022: de um início ruim ao acesso à Série A

Retrospectiva do Bahia em 2022: de um início ruim ao acesso à Série A

Tricolor conseguiu, pela primeira vez, retorno imediato à elite do futebol nacional após ser rebaixado

| Autor: João Grassi*

Foto: Felipe Oliveira/ECB

A temporada 2022 teve um começo turbulento para o Bahia. Os torcedores do Esquadrão, porém, puderam comemorar o maior objetivo sendo atingido no fim do ano. O Tricolor subiu para a elite do futebol brasileiro, após terminar a Série B na quarta colocação, com 62 pontos.

Trajetória na Série B

Rebaixado na última rodada do Campeonato Brasileiro da Série A no ano passado, o Esquadrão iniciou a temporada sem gerar tantas expectativas após a saída de nomes importantes, como o atacante Gilberto.

Sem diretor de futebol em boa parte das competições de primeiro semestre, o Bahia foi eliminado na primeira fase da Copa do Nordeste, sendo o atual campeão, e voltou a ficar de fora das fases finais do Baianão após 19 anos.

O trabalho do técnico Guto Ferreira foi questionado pela torcida tricolor, mas o profissional foi mantido para a disputa da Segundona. Com a chegada de reforços importantes como Davó e Jacaré, o time ganhou profundidade e teve um grande início na Série B.

Mudança de comando

Sob o comando de Guto, o Bahia venceu oito jogos, empatou um e perdeu cinco. Apesar da terceira colocação na tabela, havia insatisfação interna com o desempenho do Esquadrão nas partidas, o que culminou na demissão do treinador após duas derrotas seguidas em casa.

O substituto de Guto Ferreira acabou sendo Enderson Moreira, velho conhecido dos torcedores do Bahia e que havia trabalhado com o diretor Eduardo Freeland no título do Botafogo na Segundona de 2021.

Com Enderson à frente da equipe, o Esquadrão seguiu entre os quatro melhores da competição, mas viu a gordura que construiu ir embora, devido a uma sequência de apenas um triunfo em seis partidas, o que resultou na demissão do técnico. O profissional deixou o clube com sete vitórias, seis empates e seis derrotas, um aproveitamento inferior ao do seu antecessor.

O terceiro técnico do Bahia foi Eduardo Barroca, que assumiu o time na reta final da Segundona e conseguiu segurar o time no G4. O treinador obteve dois triunfos e quatro empates, cravando o acesso à elite na última rodada, após derrotar o CRB por 2 a 1, no Rei Pelé.

Ascensão

A campanha marcou o primeiro retorno imediato do Tricolor à Série A após um rebaixamento, além de uma grande participação do torcedor no estádio. O Bahia cravou os três maiores públicos registrados em partidas entre clubes na Arena Fonte Nova. Foi a maior média de público do clube nos últimos 15 anos, com 31.952 pessoas, a sétima maior de todas as divisões do Brasileirão.

Jacaré

Os destaques individuais da equipe foram principalmente Ignácio, xerifão da zaga tricolor, os meias Lucas Mugni e Daniel, motorzinho e maestro da equipe respectivamente, além dos atacantes Davó, artilheiro do time na competição com nove gols, e Jacaré, que foi contratado cercado de incertezas, mas foi o jogador mais decisivo do Esquadrão no certame.

*Sob supervisão do jornalista Jefferson Domingos

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