O Voleibol na Bahia e no Brasil: Uma carente paixão nacional

Desde as quadras dos bairros até as arenas internacionais, o Brasil se destaca como uma potência nesse esporte, tanto em equipes masculinas quanto femininas. Com uma história repleta de conquistas e ícones lendários, o voleibol se consolidou como uma parte essencial do cenário esportivo brasileiro.

Os números revelados pela pesquisa do Sponsorkink, realizada pelo IBOPE Repucom, destacam o imenso interesse do povo brasileiro pelo voleibol. Com 87% dos brasileiros conectados com 18 anos ou mais declarando algum nível de interesse pelo esporte, o vôlei se firma como uma paixão nacional, envolvendo uma vasta parcela da população. Essa alta taxa de interesse, representando 96 milhões de indivíduos, reflete não apenas a popularidade do voleibol, mas também sua relevância cultural e social no Brasil. Essa conexão profunda entre os brasileiros e o voleibol se dá muito pelos grandes desempenhos da seleção nacional.

A Seleção Brasileira de Voleibol é uma força dominante no cenário internacional, com um histórico impressionante de conquistas que solidificam sua relevância global. Tanto a equipe masculina quanto a feminina acumularam múltiplos títulos olímpicos, campeonatos mundiais e outros troféus de prestígio. Além de suas vitórias em quadra, a seleção brasileira influencia o esporte em escala global, servindo como inspiração para atletas e equipes ao redor do mundo e contribuindo para o desenvolvimento e a promoção contínua do voleibol em nível internacional.

Além do sucesso das seleções nacionais já conhecido, o voleibol brasileiro também se destaca em nível doméstico, com ligas profissionais competitivas que atraem talentos de todo o país e do exterior. Com uma base sólida de infraestrutura esportiva e um fervoroso apoio da torcida, o voleibol tende a continuar prosperando no Brasil, enraizado na cultura e na paixão do povo brasileiro. 

Em entrevista exclusiva, o Jovem Pedro Henrique, de 17 anos, campeão baiano de vôlei masculino adulto, nos contou sua história e ainda comentou sobre força do vôlei no âmbito estadual.

Seu início foi bastante jovem, ainda na escola, como ele detalha: "Desde criança sempre adorei todas as modalidades esportivas e sempre estava praticando ou assistindo alguma prática esportiva como futebol, surf, skate, judô entre outros. Tive muito apoio dos meus pais que sempre estimularam esse meu lado mais atlético, entretanto foi nos intervalos de aula ainda no fundamental que comecei com o voleibol, brincando com meus amigos até que foi retomada a seleção de voleibol do meu colégio e fui chamado para fazer parte" 

"No mundo do voleibol minhas principais inspirações são Ricardinho e Bruninho ambos exímios levantadores dos quais me inspiram muito! Além do mestre Márcio Sacramento, meu técnico que tenho o prazer de conviver e aprender muito através de suas experiências e vivências." acrescentou o atleta.

Segundo Pedro, o cenário esportivo na Bahia ainda se encontra muito abaixo daquilo que se espera, principalmente retratando à realidade do interior baiano. Considerando o potencial dos atletas, a maioria das vezes acabam tendo que sair do seu local de origem para conseguir vivenciar o esporte. Por isso, Pedro também enaltece projetos que buscam mudar essa realidade.

"Existe o lado bom e as tentativas de profissionalizar o esporte na Bahia como o projeto que faço parte que é a Uninassau/ Salvador vôlei que oferece bolsas de estudos aos atletas e que trazem um estímulo maior para a promoção do esporte na Bahia."

Ainda sobre essa realidade, o esportista comentou: "É possível sim, viver do vôlei hoje, mas não são todos atletas que conseguem chegar nesse patamar, sendo majoritariamente atletas da liga principal de voleibol brasileiro (Superliga), que recebem salários, benefícios e que são de fato profissionais no ramo, mas existe também projetos e empresas que estimulam a prática esportiva daqueles que ainda não fazem parte deste grupo seleto de atletas, oferecendo bolsas e patrocínios para os mesmos conseguirem participar de competições e treinamentos como o programa de Bolsa Atleta da prefeitura de Salvador, porém ainda assim não são todos que conseguem, sendo muito difícil a vida do atleta ainda mais no cenário baiano."

Assim como Pedro, há muitos outros amantes do esporte espalhados pela nossa terra. Todos em busca de oportunidades e reconhecimento, tanto individualmente quanto para a melhoria do vôlei como um todo.