Maior medalhista olímpica do Brasil, Rebeca Andrade anuncia aposentadoria do solo
A decisão, segundo ela, foi motivada pelo alto impacto físico da modalidade

Foto: Luiza Moraes/COB
A ginasta Rebeca Andrade, atleta mais condecorada com medalhas do Brasil em Olimpíadas, revelou na última terça-feira (12), durante uma palestra na Rio Innovation Week (RIW), que não competirá mais na prova de solo. A decisão, segundo ela, foi motivada pelo alto impacto físico da modalidade e pela necessidade de preservar o corpo para manter a longevidade na carreira esportiva.
“Eu não vou mais fazer solo; o solo é o que causa mais impacto. Tem 21 anos que faço ginástica, é muito impacto. Foram cinco cirurgias no joelho, uma em cada pé. (Parar de fazer o solo) vai me fazer continuar treinando por mais tempo”, explicou Rebeca. Eu sei que vocês amam quando eu faço solo, mas ainda posso mostrar muito nos outros aparelhos."
Mesmo sendo a atual campeã olímpica no solo, Rebeca garantiu que a prioridade no momento é preservar a saúde. Ela confirmou a intenção de competir no Mundial de Ginástica Artística deste ano, que acontecerá em outubro, na Indonésia, mas destacou que o foco principal está voltado para os campeonatos mundiais de 2026 e 2027. O torneio de 2027, em especial, será fundamental, pois servirá como classificatório para os Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 2028.
“Este ano estou cuidando mais da minha saúde física e mental, não estou treinando tão forte. Isso é crucial para os próximos anos, temos pelo menos mais uma Olimpíada pela frente", comentou.
Desde o encerramento da Olimpíada de Paris, em 2024, Rebeca já sinalizava a possibilidade de deixar o solo para focar nos demais aparelhos. Apesar da mudança, ela garantiu estar confiante quanto à sua preparação física para os próximos desafios.
Ao ser questionada por um jornalista sobre o estado do joelho para Los Angeles, respondeu com bom humor: “Tá agourando meu joelho? Ele vai estar inteiro.”