Justiça decreta prisão do ex-goleiro Bruno por não pagar pensão do filho

Condenado por ter matado a esposa Eliza Samudio, o ex-goleiro Bruno teve prisão decretada por não pagar a pensão alimentícia do seu filho Bruninho, de 12 anos, fruto de sua relação com a vítima. O mandado foi emitido por Alexandre Tsuyoshi Ito, juiz da 6ª vara de família e sucessões de Mato Grosso do Sul, nesta sexta-feira (27).

Na ordem, Ito determina o pagamento de um valor de aproximadamente R$ 70 mil, referentes a dois salários-mínimos por mês desde janeiro de 2020, em valores atualizados. O magistrado determina que Bruno permaneça detido até que "efetue a quitação de todas as parcelas pendentes ou pelo prazo máximo de 3 meses", conforme o documento.

O único jeito de suspender a prisão é mediante a quitação total do débito. O processo referente ao caso já corre na Justiça desde o ano de 2012.

Segundo Sônia Moura, mãe de Eliza Samudio e quem tem a tutela de Bruninho, o menino nunca recebeu pensão alimentícia do pai. 

O garoto tinha apenas quatro meses de nascido quando a mãe, na época com 25 anos, desapareceu. Ele chegou a ser sequestrado e mantido em cárcere privado, crimes pelo qual Bruno também foi condenado. Após ser resgatado, a criança foi entregue à avó materna, Sônia Moura, com quem vive desde então em Campo Grande (MS).

O ex-goleiro do Flamengo inaugurou uma loja de açaí, em fevereiro deste ano, na cidade de São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos do Rio. Bruno cumpre pena em regime aberto pelo assassinato da ex-companheira, ocorrido em 2010. O corpo dela nunca foi encontrado.