Itália pede ao Brasil extradição de Robinho após crime de estupro

O Ministério da Justiça da Itália solicitou a extradição do ex-atacante Robinho, nesta terça-feira (4). O brasileiro foi condenado em janeiro deste ano a cumprir pena de nove anos de reclusão por estupro.

Além de Robinho, o Governo italiano ainda pediu a extradição de Ricardo Falco, amigo do ex-jogador da Seleção, que teve participação no episódio de violência sexual que aconteceu em 2013, em uma boate na cidade de Milão.

Os outros quatro envolvidos no crime não foram rastreados pela Justiça européia, e, por conta disso, não puderam ser processados.

Robinho e Falco foram condenados por estupro contra uma jovem albanesa de 22 anos, em janeiro de 2013.

Na ocasião, a mulher estava na mesma boate que Robinho e cinco amigos dele, em Milão. Eles ofereceram bebidas até "deixá-la inconsciente e incapaz de se opor", conforme a investigação. Na sequência, ela foi levada para um camarim, onde os homens tiveram "múltiplas e consecutivas relações sexuais" com a albanesa.

O futuro de Robinho agora depende do Governo do Brasil. Historicamente, o país não extradita seus próprios cidadãos. Entretanto, é possível que as nações cheguem em um consenso para que o ex-jogador cumpra a sentença em uma prisão brasileira.

Robinho vive na cidade de Santos e é frequentemente visto jogando futevôlei na praia.

Ligações grampeadas

Em conversas telefônicas grampeadas, Robinho disse o seguinte ao amigo Jairo Chagas, que havia feito alerta sobre a investigação.

"Estou rindo porque não estou nem aí. A mulher estava completamente bêbada, não sabe nem o que aconteceu", afirmou.

"Olha, os caras [os outros envolvidos no episódio] estão na m***. Ainda bem que existe Deus, porque eu nem toquei naquela garota. Vi os outros f*** ela, eles vão ter problemas, não eu. Eram cinco em cima dela", acrescentou.

Após Chagas dizer que havia visto Robinho "colocar o pênis dentro da boca" da vítima, o atleta respondeu: "Isso não significa transar".