NotíciasEsporte'Há indícios muito mais que suficientes', diz juíza do caso Daniel Alves

'Há indícios muito mais que suficientes', diz juíza do caso Daniel Alves

Lateral-direito foi acusado de estupro e preso

| Autor: Redação

Foto: Reprodução/Instagram

A juíza responsável pelo caso do lateral-direito Daniel Alves afirmou que "há indícios muito mais do que suficientes" para considerar que houve estupro no banheiro da área VIP da boate Sutton, em Barcelona, na Espanha, na madrugada de 31 de dezembro. A afirmação consta em um despacho assinado pela magistrada Anna Marín. O jogador está preso desde o dia 20 de janeiro por suspeita de agressão sexual.

O documento explica as razões pelas quais a prisão preventiva do jogador foi solicitada, e a juíza também anota que Daniel Alves é o suspeito pelo crime. Contudo, Anna Marín sublinha que a investigação ainda está em andamento e que novos fatos podem surgir. As informações são do jornal espanhol "El Periódico".

A defesa do brasileiro entrou com um recurso na segunda-feira (31 de janeiro) pedindo o relaxamento da prisão. Cabe ao Tribunal de Barcelona avaliar se a prisão preventiva é pertinente, baseado nas provas coletadas até o momento, que foram consideradas suficientes para Marín.

O advogado Cristóbal Martell, que defende Daniel Alves no caso, classificou a investigação da Unidade Central de Agressões Sexuais (UCAS) da polícia de Barcelona como "tendenciosa" e "descuidada". Ele criticou o fato de a magistrada ter aceitado a denúncia "sem crítica".

A defesa de Daniel Alves colocou em dúvida o depoimento da jovem de 23 anos que acusa o brasileiro do crime. Nas 24 páginas do documento apresentado à Justiça espanhola consta a alegação de que a vítima entrou no toalete dois minutos após o atleta, o que contrariaria o relato feito pela mulher.

De acordo com o jornal "La Vanguardia", que teve acesso ao recurso, o advogado Cristóbal Martell sustenta que as imagens das câmeras de segurança e o relato da vítima não coincidem. A defesa do jogador insiste que há o intervalo de dois minutos entre o momento em que Alves entra pela porta do banheiro e a chegada da jovem "depois de falar com suas duas amigas e um garçom".

A mulher, segundo o relato do advogado do brasileiro, então vai até a porta do banheiro e "entra sem que Alves abra a porta". Segundo Martell, "as imagens falam por si" e demonstram "fraquezas nas provas da acusação". Conforme o jornal "El Periódico", Martell também sustenta que a vítima pode ter usado a "mesma distorção narrativa" para descrever o que aconteceu dentro do banheiro por 16 minutos, intervalo de tempo que ocorre longe das câmeras.

O recurso apresentado pela defesa do jogador sustenta que existem "certas fragilidades" nas provas reunidas contra o ex-atacante do Barcelona. Segundo ele, as câmeras de segurança do salão não corresponderiam integralmente às declarações prestadas pela vítima, uma jovem de 23 anos que abriu mão de qualquer indenização por parte do jogador.

De acordo com o jornal "El Periódico", fontes ligadas às investigações indicam que a gravação das câmeras não é incompatível com o relato da vítima. As imagens também parecem dar a impressão de que o jogador está parado ao lado da porta do banheiro fazendo gestos insistentes para que a jovem o siga até o local.

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