Ceni não concorda com expulsões, mas destaca garra: 'Tivemos coração'
Bahia esteve com um jogador a menos desde o segundo minuto da primeira etapa

Rogério Ceni agradecendo a torcida após o clássico |Foto: Rafael Rodrigues/EC Bahia
O Bahia viveu um momento de superação no quarto BA-VI da temporada de 2025. Encerrando uma sequência de três derrotas, o Bahia bateu o Vitória por 2 a 1 na Casa de Apostas Arena Fonte Nova, pela nona rodada. Com um jogador a menos desde o início da partida, por conta da expulsão de Jean Lucas no segundo minuto do primeiro tempo, os comandados de Rogério Ceni viram Pulga começar o grande triunfo do Tricolor.
Entretanto, em um jogo marcado por conta de duas expulsões, Rogério Ceni não concordou com o cartão vermelho para o meio-campista do esquadrão e do Leão.
"Acho que o lance do Jean Lucas não é para expulsão. E acho que o lance do Pepê também não. Para mim, nenhum dos dois lances provoca algo grave, lances que não afetam absolutamente nada. O jogo deveria acabar 11 contra 11. Mas é uma opinião, o árbitro toma a decisão que achar melhor. Começamos com um a menos praticamente", lembrou Ceni.
Porém, mesmo com um jogador a menos, o Bahia teve o controle do jogo e abriu o placar com um grande cabeceio de Erick Pulga. Sofrendo algumas pressões do seu rival, por conta da falta de um homem, o Bahia jogou o que sabe, mas sofreu com alguns problemas. O próprio treinador apontou que sua coragem em manter o time talhado para a construção foi um empecilho.
"A grande virtude foi ter Everton e Caio no meio, e o grande defeito também. Só fizemos o gol por ter eles, e sofremos o gol por achar que dava para continuar com eles no segundo tempo".
"A gente não teve mais a bola no segundo tempo. A gente vem de quase 40 jogos no ano, jogar com dez contra 11 sem baixar a parte física não dá. Quando eu chamei Erick e Nico, foi bem no momento da falta. Vi que ali a gente teria que tentar marcar mais que jogar, mas, infelizmente, não deu tempo. Mas é mérito total do time, com um jogador a menos, conseguir ter a bola e construir para fazer o resultado. No primeiro tempo, po não parecia um jogo de dez contra 11", detalhou.
O treinador ressaltou a tentativa de manter a posse de bola para evitar as investidas do adversário, entretanto, a agressividade do Vitória acabou mudando toda a estratégia de jogo, colocando o Bahia nas cordas.
"Primeiro ressaltar que ter Everton e Caio de volantes, Pulga e Cauly dos lados, Lucho na frente, Juba de lateral. Isso mostra a coragem que tivemos. A gente começou bem, e acho que continuou bem. Fui esperar para ver como iam se comportar e o jogo ficou bom para a gente. Achei que o time acertou bem o primeiro tempo inteiro. Por isso arrisquei na volta do segundo tempo", iniciou. "No segundo tempo, quando vi que a coisa desandou, chamei Nico e Erick. Mas tivemos coração para reagir. Clássico, Fonte Nova, casa cheia, tiramos energia de onde não tinha mais. E o Nico é muito representativo. No lance do gol, ele rouba a bola duas vezes. Ele não tem o refino que Caio e Everton têm, mas entra com muita entrega e muita saúde", enfatizou Rogério.
Agora, Rogério Ceni e seus comandados tem um novo compromisso já nessa quarta-feira, pela Copa do Brasil, contra o Paysandu, válido pelo jogo da volta, na Arena Fonte Nova, às 19h.