Chefe da Gazeta é acusada de pedir a repórteres troca de nudes por matérias
Michelle se pronunciou sobre o caso, e negou a orientação.

Foto: Reprodução/Instagram
Michelle Giannella, gerente de departamentos da TV Gazeta, está sendo acusada de ter pedido a repórteres ou produtoras, que enviassem fotos seminuas a assessores de imprensa ou atletas em troca de entrevistas.
De acordo com o UOL, duas funcionárias relataram ter recebido o pedido em duas oportunidades e mais cinco pessoas, que estavam nas reuniões em que esse pedido foi feito. Elas ainda afirmaram que as recomendações ficaram mais frequentes quando Michelle foi promovida a gerente do departamento, em 2019.
Uma repórter envolvida no caso, que não quis ser identificada, comentou sobre o caso.
"Já vivi muito machismo na Gazeta, e entrava na brincadeira para conseguir espaço. Foi melhorando, e, quando finalmente já estava fora de moda esse tipo de coisa, tive que ouvir um absurdo desse de uma mulher. Ela falava com sorriso no rosto. Me senti uma incompetente que só conseguiria trabalhar se mostrasse o corpo", disse.
Guilherme Camarda, repórter da Gazeta entre 2010 e 2022, afirmou que estava presente em um dos eventos que houve o pedido: "Ela disse para a jornalista enviar uma foto de biquíni para conseguir entrevista. E o mais inacreditável é que ela fala na frente de todo mundo, como se fosse natural."
Michelle se pronunciou sobre o caso, e negou a orientação.
"Isso não existe, isso é mentira. Eu sou mulher, eu estou há 24 anos neste trabalho e eu nunca usei o meu corpo pra me expor ou pra eu conseguir alguma coisa com algum atleta. E falar para uma mulher mandar foto de biquíni para um assessor? Pelo amor de Deus, gente, não tem isso", afirmou.
Outros relatos foram citados pelas fontes. Cinco pessoas descreveram que, uma vez, um repórter apresentou um atestado médico e Michelle disse em uma reunião aberta, que o documento era falso. Um jornalista afirmou que adquiriu um quadro de depressão por conta do comportamento da chefe, e com isso, foi demitido.
Michelle alegou que não se lembra de mandar embora um funcionário com doença. Contudo, o exame demissional do ex-funcionário apontou a existência da depressão.