NotíciasEntretenimentoAo Varela Net, 'A Dama' fala sobre carreira e desafios da mulher no pagode

Ao Varela Net, 'A Dama' fala sobre carreira e desafios da mulher no pagode

Em conversa com o Varela Net, a cantora soteropolitana contou sobre a origem de seu nome artístico, o início de sua carreira, suas conquistas e planos futuros

| Autor: Leticia Cardoso

Foto: Reprodução/ Domingos Júnior/ Varela Net

Uma das grandes promessas do pagode baiano, e do cenário musical nacional, é a artista ‘A Dama’. Diante disso, o Varela Net conversou com a cantora, considerada como a última “revelação do carnaval de Salvador”, para entender um pouco de sua trajetória no meio artístico.

Quando questionada a respeito da escolha de seu pseudônimo, a pagodeira explicou que a origem de seu nome artístico se confunde com o início de sua caminhada na música, quando ainda não tinha atingido o patamar de cantora solo.

“Eu comecei na banda “O Pega” sendo backing-vocal, aí tem uma resposta de uma música dele [em que se fala] “chefe, é chefe”, e eu vim com “dama, é dama”, né? Invertendo toda a música dele para o lado feminino. Eu fiquei mais ou menos dois anos na banda, aí eu decidi que eu não queria mais depender de homem cantando pra poder chegar onde eu queria. Eu saí, trouxe a minha marca ‘A Dama’ e montei meu projeto”, contou.

Além disso, a artista soteropolitana explicou que sua imagem é baseada no conhecimento que adquiriu através de sua vivência, mas não só isso - uma fonte de aprendizado e inspiração, principalmente por ter uma  história similar a sua, é a cantora Ludmilla.

“A voz feminina que me inspira é a Ludmilla, todo mundo sabe que eu tenho o rosto da Lud tatuado (...) eu venho seguindo essa linha, admirando ela e buscando chegar nesse nível.”

Assim como a artista carioca por quem possui admiração, “A Dama” é uma mulher assumidamente lésbica - que, inclusive, chamou atenção nas redes sociais quando publicou um vídeo romântico com sua namorada, a influenciadora digital Gabriela Messy, ao som de "Maldivas". 

Assim, com todas as suas particularidades, quando se tornou oficialmente 'A Dama' a artista acabou ganhando cada vez mais espaço no universo do pagode baiano, e apesar das dificuldades que precisou enfrentar por ser uma artista feminina - em um meio dominado por homens - ela adquiriu diversas conquistas ao longo de sua carreira.

“Minha maior conquista foi ter feito o carnaval antes da pandemia, que eu fui revelação, e foi surreal, eu acho que se não fosse a pandemia eu já teria chegado onde eu almejo, de verdade."

Depois do momento emblemático que protagonizou no carnaval de 2019, o próximo grande passo que dará será sua participação no Salvador Fest, como a primeira mulher pagodeira a se apresentar no palco do evento desde que ele foi criado - há 15 anos atrás. 

“Pra mim já é uma conquista imensa, gigante. O que eu espero desse show, é que meus fãs vão estar lá…Eles me abraçam, eu costumo dizer que eu tenho mais do que fãs, né? Porque cantar pagode é fácil, agora, tocar a vida dos fãs  conseguir mudar, poucas pessoas conseguem fazer isso, e uma dessas poucas pessoas sou eu."

"Eu falo isso por experiência própria, quando as mulheres chegam pra falar comigo: ‘Velho, eu admiro você, você mudou minha vida’. Eu acredito que esse Salvador Fest vai ser um divisor de águas, que vai abrir portas para mim", celebrou.

Aqueles que possuem interesse em conferir a performance da cantora podem garantir seus ingressos do Salvador Fest através do site 'Bora Tickets'. O evento está previsto para ocorrer no dia 18 de setembro, no espaço do Parque de Exposições.

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