NotíciasEntretenimentoGanhador de R$ 10 milhões na Mega-Sena é vítima de golpe no Rio Grande do Sul

Ganhador de R$ 10 milhões na Mega-Sena é vítima de golpe no Rio Grande do Sul

Idoso de 72 anos foi enganado por sócio e busca recuperar bolada na Justiça

| Autor: Redação

Foto: Marcelo Brandt/G1

Um idoso de 71 anos acertou as seis dezenas da Mega-Sena há quatro anos e faturou um prêmio de mais de R$ 10 milhões. Anos depois, ele alega ter sofrido um golpe de um ex-sócio em uma funerária de Viamão, na Região Metropolitana de Porto Alegre, e ainda diz que perdeu todo o dinheiro. Isso fez com que a Polícia Civil resolvesse investigar o ocorrido.

"No último levantamento bancário nosso, ela tem só dois centavos. Tudo que ele ganhou na Mega-Sena foi retirado", disse Juliano Ferreira, delegado responsável pelo caso.

O dono da bolada, Fredolino José Pereira, juntou latinhas de cerveja na rua e vendeu em uma reciclagem no dia 3 de abril de 2018 e ganhou R$ 13. Desse valor, usou R$ 7 para fazer duas apostas na Mega-Sena.

Ele se tornou um dos novos milionários do Brasil logo no dia seguinte, ganhando nada menos que R$ 10.251.126,97.

Fredolino ainda lembra os números que escolheu: 7, 11, 24, 36, 42 e 58. Ele quase não acreditou quando foi conferir o resultado.

"Peguei o papelzinho e fui para a [casa] lotérica, me fiz de doidão, tapadão. Sabia que era eu. Aí veio a guria: 'O senhor quer uma ajuda?'. Disse: 'Não, não, parece que tem um ganhador em Viamão'. Ela pegou o papel e olhou: 'Mas foi tu mesmo o ganhador'. Aí ela perguntou para mim quanto eu achava que tinha ganhado: 'Uns R$ 2 milhões, é o que eu queria'. Ela respondeu: 'Não, tu tens R$ 10,25 milhões", relembra.

O fato que deveria ter mudado a vida do homem virou caso de polícia. O idoso diz que foi enganado pelo sócio com quem investiu parte do dinheiro e adquiriu uma funerária em Viamão.

"A partir da aquisição dessa funerária começaram os golpes e os furtos praticados contra a vítima. Imediatamente, logo depois da compra, com a justificativa de pagar funcionários, [o suspeito] pediu o cartão bancário da vítima e a partir dali não devolveu mais, começou a fazer sucessivos saques", informa o delegado.

A investigação visa apurar como o então sócio do idoso conseguiu comprar um sítio e uma frota de 10 veículos.

A polícia já descobriu indicativos de falsificação nos contratos pelos quais o ex-milionário foi excluído da sociedade na funerária. Quatro pessoas são investigadas e não tiveram identidade divulgada.

"Uma associação criminosa, com crimes de lavagem de dinheiro, de estelionato, furto, apropriação indébita e tudo mais", diz o delegado.

Os agentes realizaram buscas na funerária e na casa dos suspeitos. Um deles ainda foi preso por porte ilegal de arma.

Enquanto a investigação acontece, Fredolino luta para recuperar a fortuna perdida na Justiça.

"Meu erro foi acreditar em quem não tinha possibilidade de eu ter dado a confiança que eu dei para ele. Fui enganado totalmente", lamenta.

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