Após dois anos sem desfiles, baianos abrilhantam comemorações da Independência
Homem-Aranha brasileiro e Americano 'baianizado' curtiram os desfiles e chamaram a atenção do público na Av. Sete de Setembro

Foto: Domingos Junior/Varela Net
Desde as primeiras horas do dia, milhares de pessoas, entre crianças, adultos e idosos, aguardavam ansiosamente pelos desfiles em comemoração ao bicentenário de Independência do Brasil, na Avenida Sete de setembro, em Salvador, nesta quarta-feira (7). Como em todas as festas e manifestações populares na Bahia, políticos e figuras públicas dividem a atenção das pessoas com os personagens que ganham holofote e entretém o público.
Todos os anos o aposentado Benedito Lopes, de 56 anos, participa do 7 de setembro como um cidadão comum, mas especialmente neste ano, marcado pelo retorno dos desfiles suspensos por dois anos devido à pandemia da Covid-19, ele decidiu inovar ao se vestir de Homem-Aranha com as cores da bandeira do Brasil.
“Meu objetivo é que todos os brasileiros lutem pelo Brasil. Eu penso em liberdade, força e honra, pois é isso que eu espero. Essa é a primeira vez que venho como personagem Homem-Aranha, mas já tive a oportunidade de ir ao Farol da Barra como homem de ferro brasileiro. Eu estou gostando da experiência”, declarou.
Na companhia da esposa e do filho pequeno, o agente de segurança pública Samuel Sena, de 38 anos, contou que estava ansioso para assistir ao desfile pela primeira vez na Av. 7 de setembro. “Eu acho bonito ver os desfiles dos militares e hoje é a primeira vez que venho com minha família”, iniciou o militar. Em seguida, ele revelou que o filho de 6 anos o tem como exemplo de guardião da cidade e sonha em seguir os seus passos. “Meu filho quer ser policial também e diz que quer ser militar da chocolate [Rondesp]”, completou.
O ciclista Denivaldo Costa, de aproximadamente 60 anos, contou que há cerca de 40 anos assiste aos desfiles montado em sua bike enfeitada com fitas do Senhor do Bonfim. “Eu vinha sempre com minha família quando era criança, aí depois peguei gosto. Depois que descobri a bike, passei a vim com ela. É importante estar presente para analisar o clima político”, declarou.
Quem também estava no desfile foi o norte-americano Mark Hawk, de 66 anos. Trajado com um estilo 'country', ele vive no Brasil desde 2019. Com um olhar atento e num espaço reservado, Mark curtiu o desfile e sua estética ao som de músicas internacionais que tocavam em um rádio preso a sua cintura.