Servidores municipais encerram greve, mas professores seguem em paralisação
Decisão foi assinada pelo ministro Dias Toffoli

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Nesta quinta-feira (12), os servidores municipais de Salvador, representados pelo Sindicato dos Servidores do município (Sindseps), votaram pela suspensão do movimento grevista, iniciado no dia 27 de maio. A decisão foi tomada após uma assembleia. Mesmo após a decisão do STF, os professores da rede municipal continuam em greve.
"Com a decisão tomada pela categoria, esperamos que o prefeito Bruno Reis possa garantir sua afirmação de que retomaria a negociação. Esperamos que imprensa e sociedade sigam conosco para acompanhar os próximos fatos, principalmente, no que diz respeito a palavra do prefeito que atenderá a categoria para retornar as negociações", disse o coordenador geral do Sindseps, Everaldo Braga.
O fim da greve foi confirmado após a decisão do desembargador Manuel Carneiro Bahia de Araújo no último dia 30, alegando a ilegalidade do movimento e exigindo o retorno imediato de todos os servidores às suas atividades, sob pena de multa diária de R$ 10 mil.
Os professores ainda seguem em greve após mais de um mês de paralisação. Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) já havia considerado a greve ilegal, mas o sindicato entrou com um recurso, que foi negado pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A proposta de reajuste apresentada pela prefeitura, que oferece um aumento linear de 4%, foi rejeitada pela categoria, segundo a APLB-Sindicato. Os educadores reivindicam um reajuste maior, alegando que o índice proposto é insuficiente para atender à Lei do Piso do Magistério. No início deste ano, o Ministério da Educação (MEC) divulgou, em 31 de janeiro, o novo piso nacional para 2025, fixado em R$ 4.867,77.