Professores seguem mobilizados em Salvador e protestam por pagamento integral do piso salarial
Categoria rejeita proposta de reajuste e reforça reivindicação por valorização do magistério municipal

Protesto na praça municipal |Foto: Reprodução / Redes sociais
Em meio às discussões sobre o reajuste salarial do funcionalismo público municipal, professores da rede de ensino de Salvador intensificaram nesta segunda-feira (19) as mobilizações por melhores condições salariais. Representantes da categoria, juntamente com membros da APLB (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia), estiveram na Praça Municipal e acompanharam de forma ativa a sessão ordinária da Câmara Municipal de Salvador (CMS), onde foi apresentado o projeto de reajuste salarial para os servidores.
Durante a leitura do expediente pelo vereador Orlando Palhinha (União Brasil), gritos como “queremos o piso” e “nada de reajuste, queremos o piso” ecoaram no auditório do Centro de Cultura da CMS, onde ocorrem atualmente as sessões legislativas.
Os protestos também tomaram conta da Praça Thomé de Souza, onde os docentes exibiram cartazes com mensagens como “chega de bla bla bla, pague o piso já” e “cumpra a lei, valorize os professores”. O movimento faz parte da greve iniciada pela categoria no último dia 6 de maio, em resposta ao que consideram uma proposta insuficiente de recomposição salarial.
O Executivo municipal enviou à Câmara, na última sexta-feira (16), um projeto de reajuste para o magistério. A proposta prevê aumentos escalonados por nível, com percentuais variando entre 6,27% e 9,25%. Apesar disso, a APLB apontou que os valores ainda estão aquém do piso nacional estabelecido para a categoria.
Confira os percentuais propostos:
9,25% para o Nível 1 / Referência A;
6,65% para o Nível 1 / Referência B;
6,27% a partir do Nível 1 / Referência C e para o quadro suplementar do Magistério Público.
A paralisação dos professores foi considerada ilegal pela Justiça da Bahia, que determinou o retorno imediato às atividades, sob pena de multa diária. Mesmo assim, os educadores seguem firmes no movimento, reforçando que a valorização do ensino passa necessariamente pelo cumprimento do piso salarial nacional.
Com o impasse ainda em curso, a expectativa é de que novas negociações ocorram nos próximos dias para tentar um acordo que contemple as demandas da categoria e restabeleça as atividades nas unidades escolares municipais.