População se queixa de demora em obra no terminal marítimo de São Tomé de Paripe
Sem poder usar a estrutura, moradores da região precisam de canoas para embarcar e desembarcar

Foto: Reprodução/TV Bahia
Depois do acidente que fez ceder parte da ponte do terminal marítimo de São Tomé de Paripe, em Salvador, e derrubar três pessoas na água, mais de dois meses se passaram e o píer segue interditado. Sem poder usar o equipamento, moradores da região utilizam canoas para embarcar e desembarcar. Os usuários do terminal se queixam da demora nas obras de reparo.
O caso aconteceu no dia 4 de dezembro, quando trabalhadores que transportavam frutas, bebidas e outros materiais com destino a lha de Maré acabaram caindo no mar. No entanto, ninguém teve ferimentos graves.
De acordo com a Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinfra), as obras foram iniciadas na segunda quinzena de dezembro e o local ficou interditado. Foi feito um pequeno reparo, entretanto, os moradores alegam que a ponte está completamente comprometida.
“Toda a ferragem está corroída. Barcos grandes que vêm de Ilha de Maré não conseguem mais atracar aqui e todas as pessoas estão utilizando essas canoas”, disse um morador da ilha que se identificou como Mateus.
Não podendo utilizar o terminal, as embarcações param em um trecho próximo da praia e os passageiros precisam passar pela água e caminhar na areia para desembarcar. Para começar a viagem, fazem o caminho oposto por dentro da água até um ponto onde a canoa está parada e entram na embarcação.
"Será que o povo de Ilha de Maré não merece respeito? Será que tem que descer todo dia dentro d’água?”, indagou Mateus, lamentando o caso que prejudica o turismo e geração de renda da comunidade na Ilha de Maré.
Ainda segundo informações da Seinfra, as obras de restauração das vigas laterais do atracadouro já estão em execução e o próximo estágio será a requalificação dos blocos de concreto. A secretaria diz que o serviço deve ser encerrado em agosto de 2022.