Polícia Técnica da Bahia identifica corpo após cruzamento de material genético

O Departamento de Polícia Técnica (DPT) da Bahia identificou pela primeira vez uma pessoa após o cruzamento de dados de perfis genéticos de familiares. O cadáver era de um jovem que estava desaparecido desde 2018 e, agora, com ajuda do banco de perfis genéticos do órgão, mais casos como esse poderão ser resolvidos.

Segundo Luís Rogério, perito criminal em genética forense, a identificação dos corpos normalmente é feita através da impressão digital ou arcada dentária. Caso não seja possível utilizar esses meios, o exame de DNA é realizado. Com o cruzamento de dados genéticos, agora o procedimento pode ser ampliado.

Uma campanha que começou em junho de 2021 resultou na iniciativa, quando famílias compareceram à sede do Instituto Médico Legal (IML) Nina Rodrigues, em Salvador, para realizar a coleta do material. O primeiro resultado positivo apareceu menos de um ano depois,

“Familiares que não acharam seus parentes desaparecidos e corpos sem identificação poderão ser identificados através desse banco de perfis genéticos. Há o confronto do material desses familiares com esses corpos sem identificação aqui na instituição”, comentou Luis Rogério.

Ele também alegou que centenas de corpos estão no IML aguardando identificação. Depois de feita a coleta de dados genéticos de familiares, a expectativa é de que ao menos 250 corpos passem pelo procedimento até o fim de 2022.

Interessados em procurar a identificação de corpos junto ao IML precisam ter registrado ocorrência em uma delegacia. Na sequência, o caso será encaminhado ao DPT e os familiares serão convidados para uma entrevista e coleta do material.

Quem teve a ocorrência registrada, esteve no IML e não fez a coleta do material genético, pode entrar em contato com o órgão pelo telefone (71) 3116-8622 e marcar o agendamento.