NotíciasCidadeMulheres trans têm barraca de lanche destruída e são ameaçadas em Feira

Mulheres trans têm barraca de lanche destruída e são ameaçadas em Feira

O caso ocorreu na quinta-feira (28), no Dia do Orgulho LGBTQIAP+

| Autor: Redação

Foto: Reprodução/G1

Uma barraca de lanche que pertencia a duas mulheres trans foi destruída, na cidade de Feira de Santana, que fica a cerca de 100 quilômetros de Salvador, no bairro Gabriela. As donas do local alegam que o crime foi cometido por um homem, após ele ter feito ameaças contra elas.

Conforme informações da mãe de uma das vítimas, Raimunda Santos, que também trabalha no estabelecimento, a violência por parte do suspeito aumentou depois que elas fizeram a transição sexual. O caso ocorreu na quinta-feira (28), no Dia do Orgulho LGBTQIAP+.

As duas mulheres estavam no ponto comercial quando o homem chegou ao local e arremessou objetos na direção delas. Segundo uma das vítimas, identificada como Karma Íris Santos, o homem ainda tentou agredi-la com um martelo antes de destruir o estabelecimento.

“Ele correu atrás de mim com barra de ferro e pedra, dizendo que iria me matar e arrancar a minha vida. Me ameaçou de morte e destruiu todo o meu trabalho com minha mãe, um esforço de mais de um ano e meio. Fora as ameaças. Ele passava pela barraca com uma tesoura dizendo que ia me matar. Ele tentou me pegar, só que a gente correu. Eu, minha amiga e minha mãe. Antes dele correr atrás de mim, como ele tinha jogado uma barra ferro, alertou a gente. Logo em seguida ele jogou um martelo”, comentou.

Raimunda Santos ainda contou que o agressor tentou matar as três. Depois do ocorrrido, ela diz que está com medo de voltar ao local e reerguer a barraca, que era a única fonte de renda da família.

“Ele foi muito violento. Ele veio com arma branca para nos matar e corremos. Eu, como mãe, jamais vou esquecer essa situação. Foi muito doloroso, muito triste. Simplesmente destruiu todo o meu trabalho de um ano e seis meses, meu pão de cada dia”, lamentou.

O homem não foi preso e, de acordo com as mulheres, trabalha em uma barbearia próximo ao local onde funcionava a barraca das vítimas.

As mulheres trans procuraram uma comissão de diversidade sexual e de gênero da Ordem dos Advogados do Brasil Seção Bahia (OAB-BA), na tentativa de conseguir uma medida protetiva. A Polícia Civil informou que a 2ª Delegacia Territorial (DT) do município investiga o caso.

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