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Mulher é internada com traumatismo craniano após ser agredida em Salvador

Suspeito de cometer o crime é namorado da vítima

| Autor: Redação

Foto: Reprodução/TV Bahia

Uma mulher de 35 anos, identificada como Bruna Alexandra Colzani, foi internada no Hospital Geral do Estado (HGE) com traumatismo craniano, na última quinta-feira (29), depois de ter sido agredida dentro da própria casa, no bairro de Nazaré, em Salvador. De acordo com a Polícia Civil, o suspeito de cometer o crime é o namorado da vítima. As informações são do g1. 

A mãe de Bruna, a professora universitária Rosana Soares, disse que só soube que a filha estava internada três dias após o crime. Ela soube que a designer de interiores estava no hospital quando conseguiu falar com o pai do suspeito. 

"Me ligou dizendo que precisava falar comigo. Retornei a ligação dele, perguntei aonde estava minha filha e ele falou: 'Calma, a gente precisa conversar'. Eu disse: 'Não, quero saber da minha filha', relatou Rosana. 

"Ele disse: 'Olha, tua filha está no hospital'. Eu perguntei e ele disse: 'Teve uma briga com o namorado, mas foi coisa pouca, não se preocupe, eu só levei no hospital, porque ela estava com um pouco de dor de cabeça'. Minha filha está com traumatismo craniano".

De acordo com Rosana, o homem é um ex-policial e levou Bruna para registrar o boletim de ocorrência no dia 28. Além disso, a professora informou que ele visitou a designer todos os dias no hospital e não informou a nenhum familiar sobre o caso. 

"Ele levou minha filha, é um ex-policial. Levou minha filha para fazer um boletim de ocorrência no dia 28, às 21h50, ela deu entrada aqui [no HGE] no dia 29", contou.

Por telefone, o pai do suspeito informou que só soube da ocorrência quando o filho estava na Deam, e um amigo do namorado de Bruna teria prestado os primeiros socorros. 

"Se ele levou ela na delegacia às 21h50, do dia 28, e trouxe no hospital no dia 29, imagina o estado que minha filha passou na mão desses dois. Para mim, o pai é tão agressor quanto o filho", disse Rosada. 

Suspeito

De acordo com a Polícia Civil, o homem de 25 anos, que não teve a identidade divulgada, foi autuado por lesão corporal em flagrante, na última quarta-feira (28), Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), no bairro de Brotas.

A polícia também informou que já foi solicitada a medida protetiva de urgência e que a unidade policial pediu a prisão do suspeito. Ele foi liberado na audiência de custódia e responderá em liberdade.

Em caso de violência, denuncie

Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.

Na maioria das vezes, casos de violência doméstica são cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.

Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.

Há ainda o aplicativo Direitos Humanos Brasil e por meio da página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos (ONDH) do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). Vítimas de violência doméstica podem fazer a denúncia em até seis meses.

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