NotíciasCidadeMãe denuncia caso de racismo contra filho de 8 anos em supermercado de Salvador

Mãe denuncia caso de racismo contra filho de 8 anos em supermercado de Salvador

Dois vereadores da cidade protestaram e pediram que caso seja investigado

| Autor: Redação

Foto: Reprodução

Um caso de racismo foi denunciado por uma mãe de um menino negro, de 8 anos. O caso ocorreu no supermercado Atacadão, unidade de Cajazeiras, em Salvador. Segundo ela, o menino foi abordado por uma funcionária do estabelecimento, que quando viu a criança com um pacote de macarrão instantâneo nas mãos, perguntou se ele ia pagar pelo produto ou se iria roubá-lo.

Diante do ocorrido, a garçonete Vitória Dimas, de 22 anos, pediu acesso às imagens da câmera de segurança do local, o que não foi permitido pelo gerente do local. O caso ocorreu no dia 30 de novembro, por volta das 20h. Um boletim de ocorrência foi registrado no mesmo dia.

“O gerente falou que só iria atender ao pedido dela mediante requisição policial. Aí ela procurou a guarnição da polícia que estava próxima e os policiais foram ao local para conversar com ele. O gerente negou e a PM, então, a levou para registrar o boletim de ocorrência na delegacia”, disse o advogado Ivonei Ramos.

O Grupo Carrefour, empresa que administra o Atacadão, disse, em contato com o Metro1, que "tomou conhecimento do caso" e iniciou "rigorosa apuração interna e está buscando contato com a cliente para qualquer tipo de suporte".

Políticos protestam

Através de nota, dois vereadores de Salvador protestaram contra o caso. Silvio Humberto (PSB) cobrou uma posição da Prefeitura de Salvador após ficar sabendo do caso.

“Essa é uma perversidade frequente do racismo ilimitado que nos acomete diariamente e que precisa ser tratado com o rigor da lei. [...] À Prefeitura de Salvador cabe tomar a responsabilidade de, independente de ação dos outros poderes e entes da Federação, penalizar, dentro dos limites constitucionais da sua competência, todo estabelecimento comercial [...] que, por atos de seus proprietários ou prepostos, discrimine a pessoa em razão de sua cor ou etnia”, afirmou.

Já a vereadora Marta Rodrigues (PT), pediu rigidez na apuração e nas respostas dos órgãos competentes.

“Se faz urgente que os órgãos públicos competentes, junto às gestões públicas, estabeleçam uma sanção administrativa ao setor privado que submeta qualquer pessoa a racismo, tortura ou violação da integridade pessoal, tendo em vista os diversos episódios diários”, disse. 

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