NotíciasCidade"Gosto ruim na boca", vítimas de estupro por anestesista dão relatos chocantes

"Gosto ruim na boca", vítimas de estupro por anestesista dão relatos chocantes

Giovanni atuava sem que ninguém percebesse, e sempre no momento de realizar o crime, pedia para que o acompanhante da vítima saísse

| Autor: Redação

Foto: Reprodução

Novos desdobramentos sobre o crime chocante do anestesista Giovanni que estuprou uma paciente enquanto realizava o parto a cesariana vieram à tona. Em entrevista para o Fantástico, que foi ao ar na noite deste domingo (17), outras vítimas do estuprador deram relatos revoltantes sobre o caso. 

Assim que terminava o trabalho de parto, o anestesista pedia para que o pai se retirasse da sala junto ao bebê: "Pediu para 'mim' se retirar, porque ali, daquele momento ali, ia ser com a equipe médica. Aí naquele momento, eu me retirei junto com o técnico que saiu com meu filho. E dali eu não tive mais acesso à ela", disso o marido de uma das vítimas do anestesista. 

A vítima, que não quis se identificar, disse que ao ouvir as notícias do estupro cometido por Giovanni Bezerra, reconheceu o anestesista e procurou a Delegacia da Mulher, na entrevista, a vítima afirmou que ao terminar a cesariana, não conseguia falar mais, e assim que o marido saiu, já foi ficando mais mole por conta da alta sedação aplicada por Giovanni.

“Eu já não estava conseguindo falar mais, porque assim que ele saiu, eu já fui ficando mais mole, mais sedada. Aí ele falou que ia me dar uma anestesia geral. Tomei e não consegui mais lembrar de nada. Apaguei”, diz a mulher.

Após a repercussão do crime, outras vítimas de Giovanni o denunciaram. Até o momento, seis denúncias já foram feitas. Somente no domingo (10), quando o anestesista foi flagrado estuprando uma paciente durante o parto, ele participou de três cesarianas. 

Uma profissional de saúde que participou da primeira cirurgia de cesárea ao lado de Giovanni no dia da prisão, deu depoimento sobre um dos comportamentos estranhos do anestesista com a paciente. 

“O roupão caiu e ela percebeu que o anestesista tinha olhado para seus seios e em seguida perguntado se ela estava com frio. A mulher acredita que o enfermeiro também tenha notado, porque pegou o roupão e jogou nos ombros dela”, diz o documento.

Uma paciente chegou a dizer que acordou com gosto muito ruim na boca, e em outros depoimentos as pacientes relataram que receberam anestesias muito mais fortes que o comum. Uma das enfermeiras que prestaram depoimento contou que questionou Giovanni Bezerra sobre a sedação, e que ouviu de volta: Por quê? Você também quer?. 

Outra enfermeira disse à Polícia Civil que o anestesista estava em pé perto da cabeça da vítima com o pênis ereto, e que na mesma hora Giovanni fechou o capote. Logo após os dois partos, a equipe do plantão de enfermagem resolveu se organizar para descobrir o que estava acontecendo e produzir provas. 

Foi quando a gerente de enfermagem do Hospital da Mulher, Maria Aparecida de Lima, chefe do grupo, fez a gravação que contou com 1h30 de duração.

“Quando se verificou que a sedação era mais prolongada e a gente não conseguia atingir, justamente, o contato de pele com a criança para que a mãe pudesse observar esse filho e pudesse iniciar a amamentação da primeira hora de vida, eles começaram a estranhar”, conta.

Os enfermeiros só conseguiram assistir o vídeo quando terminou a cirurgia. O crime aconteceu já no final da operação, com o acompanhante já fora da sala de parto e a equipe médica ocupada com os procedimentos finais. Era a primeira vez que aquela equipe médica trabalhava com Giovanni. 

Giovanni atuava sem que ninguém percebesse, e sempre no momento de realizar o crime, pedia para que o acompanhante da vítima saísse, sem que desconfiasse de nada, assim com a paciente extremamente sedada, ele se aproveitava da vulnerabilidade das pacientes. 

A Justiça do Rio aceitou a denúncia do Ministério Público e tornou Bezerra réu. 
 

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