'Faraó dos Bitcoins' doou R$ 72 milhões à Universal, mas quer dinheiro de volta
Glaidson Acácio dos Santo está preso desde 25 de agosto do ano passado, suspeito de operar um sistema de pirâmide financeira

Foto: Reprodução / TV Globo
Conhecido como o "faraó dos bitcoins", Glaidson Acácio dos Santos, 38, entrou com uma ação pedindo de volta as doações em dinheiro que fez à Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd). Os valores totalizariam R$ 72,3 milhões. As informações são do portal UOL.
Segundo a publicação, o empresário alega que transferiu o dinheiro para a Igreja entre os anos de 2020 e 2021 e que a Iurd demonstrou "ingratidão" pelas doações ao levantar suspeitas sobre a origem dos recursos. Glaidson está preso desde 25 de agosto do ano passado, quando foi alvo de uma operação da Polícia Federal no Rio de Janeiro por operar um sistema milionário de pirâmide financeira.
Investigações feitas na ocasião apontaram que o empresário prometia lucros de até 10% ao mês nos investimentos de clientes em bitcoins, mas sua empresa, a G.A.S, não investia nas criptomoedas. O dinheiro entregue para alguns dos clientes como suposto lucro das bitcoins, na verdade, vinha da entrada de capital de outras pessoas atraídas pela proposta de investimento.
O jornal O Globo, que teve acesso à íntegra da ação, afirmou que o empresário foi pastor da Igreja Universal antes de se envolver com criptomoedas. Com o posterior "sucesso profissional", ele diz que passou a fazer as doações "de forma lícita e mediante transações devidamente registradas no Sistema Financeiro Nacional", "por se sentir acolhido e integrado à família Universal".
Ao periódico carioca, a assessoria de imprensa da Igreja Universal do Reino de Deus se limitou a dizer que "tudo o que a Igreja Universal do Reino de Deus tinha a declarar sobre este assunto consta da nota divulgada em 30/8/2021: Universal já havia alertado as autoridades e o público sobre suspeita de pirâmide financeira".