NotíciasCidade"Muito pouco": Soteropolitanos criticam valor do novo salário mínimo

"Muito pouco": Soteropolitanos criticam valor do novo salário mínimo

Reportagem do Varelanet foi às ruas questionar a população sobre o reajuste que passou a valer na última segunda-feira (1º)

| Autor: Redação

Foto: Domingos Júnior/Varelanet Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou, no dia 30 de abril, o novo valor do salário mínimo, de R$ 1.320, e que passou a valer desde a última segunda-feira (1º). Mas o aumento  não deixou todo mundo satisfeito.

O Varelanet foi às ruas para questionar a população sobre o reajuste ——um acréscimo de R$ 18. Para os entrevistados ouvidos pela reportagem, gastos com contas importantes como gás, luz e alimentos, acabam consumindo a maior parte do salário.

O aposentado Miguel Araújo, de 72 anos, se queixou do valor que ele considera abaixo do suficiente para manter as contas em dia. E fez uma alusão à fala do presidente Lula (PT), de que o povo voltaria a comer picanha.

"O gás subiu, luz subiu, tudo subiu. O salário mínimo é que não sobe, e nós, aposentados, estamos passando necessidade. Todos os aposentados estão passando necessidade. O governo não está dando o salário mínimo dos aposentados. O dinheiro que eu tenho é da poupança. O aumento não foi suficiente. Lula não deu um salário bom. Era para gente receber um salário bom para comer filé, e não estamos comendo isso. O valor deveria ser, no mínimo, de R$ 2 mil", queixou-se o aposentado.

O zelador Admilson Tavares, 56, foi outro que relembrou a promessa de Lula sobre a picanha. Ele também afirma que o salário mínimo segue com valor baixo, principalmente em comparação com o aumento simultâneo dos preços de itens essenciais.

"Eu não achei que o salário foi aumentado do jeito que a gente queria, porque tudo está aumentando. O governo tinha que dar um salário mais alto pra gente viver, porque está difícil. Tudo aumentando, o gás, gasolina. Eles prometeram uma coisa, mas foi outra. Disseram que a gente ia comer picanha, mas não teve nada disso, né? A gente faz o que a gente pode, um pouquinho dali, um pouquinho daqui pra sobreviver. Eu estou achando terrível", lamentou.

Assim como os outros entrevistados, o operário de construção civil Danilo Lima, 37, reclamou que o aumento do salário mínimo não dá conta da alta no preço de itens de primeira necessidade. 

"Rapaz, o salário mínimo aumentou, mas não adianta nada. Aumenta o salário agora, mas as coisas aumentam todas. No decorrer do tempo, tudo vai aumentando, e sempre aumenta mais que o salário, que sobe muito pouco. O governo faz muitas promessas antes da eleição: promete isso, promete aquilo, mas faz pouco, bem pouquinho. É insuficiente, teria que aumentar mais. É uma proporção que tem que ser maior", disse.

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