NotíciasCidadeDelegado diz que mãe de bebê achado em buraco tentou ocultar crime de abandono

Delegado diz que mãe de bebê achado em buraco tentou ocultar crime de abandono

A criança foi encontrada na terça-feira (17) na cidade de Santo Estêvão

| Autor: Redação

Foto: Reprodução

A mãe do bebê de 1 ano e 11 meses que foi achado vivo após passar dois dias em um buraco, no município de Santo Estêvão, localizado a 150 quilômetros de Salvador, fez uma comunicação falsa para a polícia e tentou ocultar o crime. A informação é do responsável pelas investigações, o delegado Jean Souza, que alegou que a criança foi abandonada pela mulher.

Conforme o policial, a mãe da criança se dirigiu até a delegacia, na segunda-feira (16), para informar o desaparecimento do filho um dia depois de deixar o menino. Ele confessou que teve um "descuido" e uma "atitude irresponsável", mas pensava que seu filho estivesse na vizinhança, como era normalmente.

“Na verdade, ela havia abandonado a criança. Foi descoberta pelos policiais durante as diligências, razão pela qual ficou detida. Mas o fato de ter vindo [à delegacia], feito uma comunicação falsa e ter distorcido os fatos prejudicou as investigações. Inclusive, talvez responda por outro crime. Ela obstruiu as investigações e tentou ocultar o crime, que é o abandono do menor”, revelou o delegado.

O pequeno Heitor Gomes foi encontrado por Carine Santana, uma agente de pedágio que passava pelo local, às margens da BR-116, em um ponto que fica a cerca de 60 metros de onde o bebê vive com a mãe.

“Eu desci do carro com meu colega e ouvi o gemido. Ele disse que era um cachorro, mas voltei e vi um menino com a mãozinha para cima. Levantei ele, o pai veio correndo e levou para o hospital”, comentou Carine.

Heitor foi encaminhado para o Hospital Doutor João Borges de Cerqueira, com sintomas de febre e desidratação. Ele segue em observação e sem previsão de alta médica, mas em bom estado de saúde. Segundo o Conselho Tutelar, ele será entregue à família paterna quando for liberado liberado da unidade.

Genivaldo Pereira, pai da criança, que não morava com ele e a mãe, disse que soube do sumiço apenas um dia depois do ocorrido e que vai lutar judicialmente para ter a guarda do menino.

“Fiquei em desespero. Rodei a região com amigos e a polícia. Eu vou ficar mais com ele, cuidar mais dele e vou ver (como fazer) para tomar a guarda dele”, afirmou ele.

A mãe do garoto foi presa no mesmo dia que comunicou o caso à polícia. Ela foi liberada no dia seguinte, após o pagamento de fiança. A mulher deve responder, em liberdade, por abandono de incapaz e tentativa de obstrução das investigações da Polícia Civil.

Tags

Notícias Relacionadas