NotíciasCidadeCaso Givaldo e Sandra: Morador de rua se desculpa por expor intimidade de mulher

Caso Givaldo e Sandra: Morador de rua se desculpa por expor intimidade de mulher

"Fui infeliz ao relatar um fato que eu poderia ter ponderado", disse

| Autor: Redação

Foto: Reprodução/Youtube

Givaldo Alves de Souza, o morador de rua que viralizou após ser flagrado fazendo sexo com a mulher de um personal trainer em Planaltina, no Distrito Federal, se desculpou por expor a intimidade dela em entrevistas concedidas na última semana. 

Após a repercussão das falas, ele disse que sente vergonha da situação. "Gostaria de pedir desculpas primeiramente a ela, às meninas da minha família, a minha mãe e todas vocês [mulheres]'', disse em entrevista ao canal de Ricardo Caiafa no YouTube, nesta terça-feira (29). 

Givaldo contou sobre a situação para a imprensa, tratando como uma história de aventura sexual, também revelando detalhes do ato e do corpo de Sandra, a mulher envolvida.

"Essa infelicidade que eu tive ao descrever a situação sem mudar nada, é uma coisa muito feia", comentou.

Givaldo também disse que, diferente deste caso, não costuma expor intimidades.

"Não sou o tipo de homem de abrir fatos íntimos para ninguém, nem para amigos. Fui infeliz ao relatar um fato que eu poderia ter ponderado, não soube conciliar as coisas do jeito correto".

Em entrevista concedida ao portal 'R7', a advogada Maíra Recchia criticou a espetacularização do episódio. Ela explicou que, segundo o artigo 139 do Código Penal, mesmo quando o que está em questão é um fato, a exposição da intimidade pode ser caracterizada como difamação.

“O que me chama muita atenção é o espetáculo que [essa história] se transformou, que é uma situação triste de uma mulher que está tendo sua vida e sua intimidade exposta em uma sociedade que ainda é socialmente e culturalmente machista, em que o suposto agressor – ainda acho que vai haver investigações – é alçado ao herói do ano, e ela tem a intimidade completamente violada e achincalhada".

O relatório médico psiquiátrico sobre Sandra aponta a "hipótese diagnóstica de transtorno afetivo bipolar em fase maníaca psicótica". O documento ainda diz que ela foi levada ao pronto atendimento do Hospital Regional de Planaltina no dia 10 de março "devido às alterações de comportamento descritas e por ter se envolvido em relação sexual com pessoa em situação de rua motivada pelo quadro delirante".

O relatório é assinado de forma digital por um médico psiquiatra da Universidade de Brasília (UnB) no dia 15 de março, seis dias após o acontecimento, e nele ainda dizia que "a paciente não é capaz de responder por si, tampouco de exercer vários atos da vida civil, em especial o de assinar documentos e procurações, assim como o de celebrar contratos ou contratar serviços de qualquer natureza".

De acordo com o delegado responsável pelo caso, o pai da mulher, que a representa legalmente, compareceu a delegacia, registrou uma ocorrência de difamação e solicitou que a Polícia Civil tomasse as providências legais cabíveis.

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