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Caminhoneiros bolsonaristas fecham estradas em protesto contra vitória de Lula

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram a ação dos manifestantes em ao menos 14 pontos em seis rodovias federais

| Autor: Redação

Foto: Reprodução/Twitter

Após a derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições, caminhoneiros apoiadores do presidente fecharam trechos da BR-163, em pelo menos seis municípios do Mato Grosso, em protesto contra a vitória ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Vídeos que circulam nas redes sociais mostram a ação dos manifestantes em: Nova Mutum, na altura do km 594, sentido sul; Lucas do Rio Verde, no km 691; Sorriso, km 746; Sinop, no km 835; Cuiabá, no km 395 e Várzea Grande, no km 524.

Na manhã desta segunda (31), os manifestantes ocupavam ao menos 14 pontos em seis rodovias federais, segundo a Rádio CBN e a agência Reuters. Dentre elas, a Rodovia Presidente Dutra, que liga São Paulo ao Rio de Janeiro, a BR-101, em Santa Catarina, e a BR-163, no Mato Grosso, que conta com seis bloqueios.

Alguns motoristas colocaram seus próprios caminhões de carga para bloquear as vias. Em outros lugares, pneus também foram queimados. Também na manifestação, o hino nacional também foi cantado pelos caminhoneiros.

Em nota, o deputado federal Nereu Crispim (PSD-RS), presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas, disse que os atos não são organizados: " A categoria reconhece o resultado das eleições realizada no dia de hoje que é fruto da democracia que inclusive essas categoria defendeu em 7 de setembro de 2021 quando as instituições e o estado de direito foram severamente atacadas".

"A concessionária segue acompanhando, sem interferência, as manifestações com foco na segurança viária. As equipes operacionais da Rota do Oeste estão sinalizando o final da fila, como forma de evitar acidente", diz a concessionária Rota do Oeste, responsável por administrar a rodovia.

A concessionária diz ter sido acionada pela primeira vez às 18h50, ou seja, seis minutos depois da virada de Lula sobre Bolsonaro na contagem dos votos.

Em uma das gravações, um dos supostos líderes da manifestação diz, em tom de ameaça, que todos os caminhoneiros só sairão das ruas quando o Exército tomar o poder.

"Eu estou com lideranças do Brasil inteiro. São 256 pessoas. Travou o Brasil. Travou. Não podemos liberar. [São] 72 horas para o Exército tomar conta. Se nós precisar (sic) ficar além das 72 horas... travou, não libera nada. Joinviille, Criciúma, São Paulo, Rio de Janeiro...geral. Deu, acabou. Não tem político nenhum que vai chegar perto de nós e dizer: 'vocês não podem pedir intervenção militar ou qualquer coisa'. Nós só saímos das ruas na hora em que o Exército tomar o país".

"Nós não vamos aceitar essa roubalheira, não", disse outro manifestante, em um registro postado nas redes sociais.

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