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Bebê morre antes de parto em Salvador; família denuncia negligência

Depois de receber a notícia de que a filha estava morta dentro da barriga, jovem ainda aguardou por cerca de nove horas, até que a criança fosse retirada do corpo dela

| Autor: Redação

Foto: Fernando Vivas/GOVBA

Uma família de Salvador acusa a Maternidade Albert Sabin de negligência médica após uma bebê morrer na barriga da mãe antes do parto. Os pais da criança relatam que houve demora na troca de plantão dos médicos, que teriam deixado a grávida sem assistência. As informações são do g1

Mãe da criança, Ailla Noronha, de 26 anos, está internada na unidade médica nesta quarta-feira (19) e se recupera do processo de curetagem – procedimento feito para retirar materiais como placenta do útero. Ela fez todo o acompanhamento pré-natal e exames na maternidade.

Na reta final da gravidez, Ailla e o companheiro dela – que moram no bairro de Itapuã – passaram a ficar na casa de familiares, no bairro de Águas Claras, a cerca de 10 quilômetros da maternidade, em Cajazeiras, para facilitar no deslocamento à unidade médica.

Na última semana, Ailla retornou à Albert Sabin para dar à luz, depois de sentir fortes dores. Na maternidade ela foi orientada a caminhar para aumentar a dilatação. Segundo o marido de Ailla, a então gestante foi mandada para casa, porque estava apenas com 3 centímetros de dilatação vaginal.

Esta mesma situação se repetiu por quatro vezes, até a jovem ser internada na tarde de segunda-feira (17), para enfim dar à luz. No retorno, os médicos realizaram os procedimentos de escuta e o exame de toque e, de acordo com a família de Ailla, insistiram em um parto vaginal, quando iniciaram a indução.

Durante este processo, que é considerado normal pela medicina obstétrica, Ailla ficou desassistida, porque os médicos demoraram a retornar para a sala em que ela estava, durante uma troca de plantão em meio à madrugada.

Na manhã de terça (18), às 9h, os médicos então identificaram que a bebê já não tinha batimentos cardíacos e havia morrido ainda na barriga. A pequena seria chamada de Laila Maria e seria o primeiro filho de Ailla e o marido.

Depois de receber a notícia de que a filha estava morta dentro do ventre, Ailla ainda aguardou por cerca de nove horas, até que a criança fosse retirada do corpo dela. Nesta manhã, o estado de saúde da jovem é estável.

A reportagem entrou em contato com a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), responsável pela Maternidade Albert Sabin, que informou que está apurando o ocorrido.

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