Bahia é o sétimo estado que mais mata pessoas trans no Brasil, indica pesquisa

O Brasil registrou 131 assassinatos de pessoas trans em 2022, o que configura uma média de 11 por mês. Os dados alarmantes são do relatório anual da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra). 

No levantamento da organização, que aponta o Brasil como o país mais violento contra esse grupo, a Bahia aparece com um número alarmante de assassinatos de pessoas trans. No ano passado, o estado registrou sete vítimas e se tornou o sétimo estado que mais mata travestis no país. 

Dos casos baianos registrados com o local, 64% aconteceram em cidades do interior e 61% dos crimes ocorreram em ambientes públicos. Além disso, o estudo aponta que o perfil vas vítimas é o mesmo na maioria dos casos: mulher trans/travesti, negra e que tira o sustento da prostituição. 

No ano passado, o caso da jovem Kauana Vasconcelos, de 16 anos, gerou muita comoção na cidade de Ibiraí, no sul da Bahia. De acordo com moradores do bairro Corina Batista, onde o crime aconteceu, Kauana foi levada em uma motocicleta para uma casa na Rua Nova por um homem. No local, dois suspeitos esperavam a vítima, que teria sido esfaqueada e depois arrastada para um terreno baldio. 

"Eu não acreditei quando soube, minha filha era uma pessoa tão boa", desabafou Wellington de Jesus, pai da jovem.

Reprodução/Redes Sociais

No início de janeiro, uma travesti, identificada como Rayca, foi assassinada com um tiro no rosto no bairro de Santa Luzia, em Barreiras, no oeste baiano. De acordo com a Polícia Civil, o suspeito fugiu após cometer o crime.